Carreira pessoal como “negócio”? Avanço do LinkedIn no Brasil sugere que visão de trabalho mudou

Cuidar da carreira profissional está bem diferente no Brasil. Uma curiosa prova disso é o avanço do LinkedIn no País. Quando abriu a subsidiária brasileira, em novembro de 2011, a rede tinha 6 milhões de usuários no Brasil que operavam pela sede na Califórnia e 120 empresas adotavam as suas ferramentas de recrutamento. Em um ano e meio mais que dobrou: em abril já eram 13 milhões de usuários e 450 clientes empresariais na área de recrutamento.
Por que os brasileiros se interessaram tanto pelo LinkedIn? Ver a própria carreira como “negócio” pode ser a resposta. O número de usuários no Brasil cresceu 117% no período, bem acima da média mundial da empresa de 67%. Por causa destes números, a coordenação latino-americana da empresa será transferida dos EUA para São Paulo. O Brasil já é a maior operação do LinkedIn na América Latina, seguida pelo México com 4 milhões (menos de um terço da brasileira) e pela Argentina com 3 milhões de usuários. Na região são 27 milhões de clientes cadastrados. No mundo são 225 milhões de usuários. O Brasil já passou o Reino Unido e é a terceira maior operação da rede, depois dos EUA e Índia.
Como mostrou o Valor Econômico, edição de 23 de maio, pg B2, recentemente, a companhia lançou nos EUA ferramentas que ajudam as empresas a buscarem negócios nas redes de funcionários de companhias que são clientes. Essas ferramentas também serão oferecidas na América Latina. Os serviços de gestão de talentos respondem pro 54% da receita global do LinkedIn, a partir da sede da empresa em Mountain Ville, na Califórnia. A LinkedIn encontrou fonte importante de receita também nos serviços de publicidade e de marketing de conteúdo para empresas.

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