Briga de gente grande: Google X Europa, sobre privacidade

Se o Google é grande, o adversário também é. Autoridades responsáveis pela proteção dedados pessoais dos seis principais países europeus querem obrigar a empresa a solucionar supostas violações das regras de privacidade da União Europeia. É um processo bem difícil e complicado.
A iniciativa das autoridades do Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Espanha e Holanda, como mostrou matéria do Financial Times, assinada por James Fontanella-Khan e Bede McCarthy, traduzida pelo Valor Econômico em 3 de abril, pg B2, é primeiro procedimento formal coordenado contra uma empresa por questões de privacidade . É prova incontestável do descontentamento das autoridades do bloco europeu contra a forma de agir da empresa.
O jogo contra o Google ficou mais pesado quando, cinco meses depois de uma investigação do CNIL, o órgão supervisor da França, representando os demais reguladores, da EU, concluiu que a empresa deixou de dar aos usuários todas as informações sobre como seus dados pessoais eram usados em diversas plataformas do Google.
O problema é que a empresa é muito criticada pela política de privacidade que pratica desde que se dispôs a reunir os dados de clientes em seus vários serviços como o You Tube e o Gmail. O argumento da empresa é que reuniu as 60 políticas anteriores de privacidade em apenas uma, para oferecer um serviço melhor aos seus clientes.
Outras empresas observam de perto o que acontecerá ao Google, por exemplo, a Microsoft que também é investigada por reguladores europeus pro ter alterado suas políticas de privacidade em um movimento bem parecido ao feito pelo Google.
É preciso ter claro que a ação dos órgãos reguladores terá custo alto para as empresas de informática. No caso do Google, se condenado, a multa poderia alcançar US$ 760 milhões, com base na receita de 2011. Sem contar os efeitos futuros, porque novas regras de privacidade serão votadas na União Europeia.

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