Brasil pede que países decidam sobre entrada de novos membros na OCDE

O governo brasileiro faz gestões diplomáticas junto a vários países pedindo que decidam enfim pela entrada de novos membros na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), na reunião ministerial anual dessa entidade nos dias 28 e 29 deste mês. 

Primeiro, há a eleição presidencial nos Estados Unidos e a eventual formação de um novo governo. Segundo, a pandemia atrapalhou as barganhas. Terceiro, outro complicador é o processo de escolha do novo secretário-geral da OCDE. 

A expectativa do governo brasileiro é de que, qualquer que seja o prazo para o alargamento da entidade começar, não haja reversão no que está agora na mesa: o de que os próximos a entrar na entidade seriam o Brasil e a Romênia. 

O governo de Donald Trump na prática não cumpriu a barganha feita com o Jair Bolsonaro.  Washington não se movimentou efetivamente pela acessão brasileira, deixando uma implicância com o atual secretário-geral da OCDE, José Ángel Gurría, prevalecer e com isso bloqueando todo o processo de alargamento da entidade. Além disso, os 

apurou que o mais realista, porém, é que uma decisão sobre o processo de acessão do Brasil tem mais chances de ocorrer no primeiro semestre do ano que vem presidente , pela qual o Brasil abriu mão do Tratamento Especial e Diferenciado (TED) em futuros acordos comerciais multilaterais, em troca de apoio de Washington à sua entrada na OCDE. EUA insistiam que não queriam novos membros da Europa, alegando que já havia muitos europeus. 

Para certos analistas, uma vitória provável do democrata Joe Biden pode até ter efeito negativo no desejo brasileiro de entrar na OCDE. Mas outras fontes notam que o governo Biden certamente não será rancoroso, como é o de Donald Trump, e 

os EUA sabem que a acessão do Brasil significa uma opção que o país toma, em direção de economia mais integrada no mundo, pronto a fazer reformas estruturais, e isso traz benefício também para os parceiros. 

Agora, há oito candidatos para o cargo de secretário-geral da OCDE. A favorita é a ex-comissária de Comércio da UE, a sueca Cecilia Malmström. A decisão será tomada provavelmente na reunião ministerial de maio do ano que vem. A expectativa é de que, uma vez nomeada, a europeia poderia tentar acelerar a entrada não só da Romênia, como também de Bulgária e Croácia, o que provocaria a entrada não só do Brasil ao mesmo tempo, como também da Argentina. 

https://valor.globo.com/brasil/noticia/2020/10/22/brasil-pede-que-paises-decidam-sobre-entrada-do-pais-na-ocde.ghtml

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