O Brasil foi o país que mais adotou barreiras e medidas contra importados em 2013. Foram 39 ações antidumping. A fonte é boa e confiável: a Organização Mundial do Comércio, a OMC. É verdade que o mundo todo também aumentou o protecionismo. A organização internacional alertou que as novas barreiras foram 30% maiores em 2013 do que no ano anterior.
A OMC não acredita, como mostrou matéria assinada por Jamil Chade, no Estadão de 17/02, pg B6, que exista um “surto” de protecionismo na economia mundial. Mas, apelará aos governos para que coloquem o combate às barreiras como prioridade. No total, no ano passado, foram implementadas 407 barreiras no mundo, 100 a mais do que em 2012. A OMC não avaliou se estas medidas são legais ou ilegais. Mas, repete que os governos precisam conter essas pressões protecionistas. No total, um fluxo equivalente a US$ 240 bilhões foi afetado pelas barreiras.
O Brasil foi o mais protecionista. Em segundo lugar ficou para a Índia com 35 casos de barreiras impostas à entrada de importados. Os americanos ficaram em terceiro lugar com 34 casos. Em quarto ficou a Argentina com 19 casos.
Nos últimos dois anos, O Brasil já foi muito questionado na OMC por sua política comercial. A União Europeia , na semana passada, recorreu aos juízes internacionais para julgar a política de incentivos fiscais do Brasil. Essa ação pode contar até mesmo com o apoio de Washington. Bruxelas alertou que programas como o da redução de IPI forma anunciados como medidas provisórias, mas acabaram se tornando políticas industriais brasileiras permanentes.
