Michael Bloomberg, que entrou tardiamente na corrida presidencial dos Estados Unidos pelo Partido Democrata, apareceu no segundo lugar, a frente do uma vez favorito Joe Biden, de acordo com uma pesquisa nacional Reuters/Ipsos divulgada na terça-feira e que mostrou Bernie Sanders ampliando sua liderança entre os pleiteantes à nomeação democrata.
A pesquisa realizada entre a última sexta-feira e segunda-feira mostrou que 25% dos democratas registrados e independentes votariam em Sanders, de 78 anos, um liberal efusivo que venceu as primárias do Estado de New Hampshire na semana passada. O apoio ao senador de Vermont cresceu 5 pontos na última semana, o maior salto de um candidato em uma semana já registrado nesta corrida.
Bloomberg, também de 78 anos, um magnata da imprensa bilionário e ex-prefeito de Nova York, foi apoiado por 17% dos consultados, contra 13% de Biden, 77, ex-vice-presidente de Barack Obama, e que por muito tempo liderou as pesquisas nacionais de opinião entre os democratas que querem enfrentar o presidente republicano Donald Trump na eleição presidencial de 3 de novembro.
Pete Buttigieg, o ex-prefeito de South Bend, no Estado de Indiana, que dividiu a liderança com Sanders nas primárias em Iowa e terminou em segundo em New Hampshire, teve 11% na pesquisa. A senadora de Massachusetts Elizabeth Warren somou 9% e 5% disseram que votariam na senadora Amy Klobuchar de Minnesota.
A popularidade de Sanders subiu constantemente nas últimas semanas, principalmente entre homens, afro-americanos e residentes rurais, de acordo com a pesquisa Reuters/Ipsos. O senador lidera nas pesquisas para o caucus do Estado de Nevada, que decide a nomeação no sábado.
Bloomberg parece ter se posicionado como um dos principais candidatos moderados no caminho de Sanders para a indicação do partido.
De acordo com a pesquisa da Reuters/Ipsos, Bloomberg aumentou sua participação de apoiadores entre os eleitores registrados em cada uma das últimas três semanas e trocou de lugar com Biden, que tinha 17% do apoio na semana passada, contra 15% para Bloomberg.
Bloomberg, que entrou na disputa em novembro, despejou dinheiro de sua fortuna pessoal estimada em 60 bilhões de dólares em sua campanha nacional, gastando centenas de milhões de dólares em anúncios de televisão.
Sua campanha evitou os quatro Estados que realizam suas primárias mais cedo e se focou em Estados maiores e mais diversos do ponto de vista racial e que irão votar na chamada Super Terça, no dia 3 de março.
Na quarta-feira, em Las Vegas, Bloomberg irá pisar em um palco de debate democrata pela primeira vez, oferecendo aos eleitores a primeira chance para compará-lo diretamente ao resto dos candidatos.
https://br.reuters.com/article/worldNews/idBRKBN20C2RO-OBRWD