O interesse da Apple pela Beats Electronics agora é oficial. O preço estimado também: US$ 3,2 bilhões. É uma incursão bem cara para o mercado de streaming de música e de fones de ouvidos mais sofisticados. Mesmo para uma empresa em que dinheiro não é bem um problema: em março, a Apple não escondeu que tinha US$ 130 bilhões em caixa.
Há riscos no negócio e as duas empresas trabalham nos detalhes da negociação. Porém como mostrou matéria da Reuters, que o Estadão publicou em 10/05, pg B18, a Apple buscava um serviço de música baseado em assinaturas para complementar seu iRadio, lançado em 2013, como tentativa para entrar no mercado de música até então dominado por startups como Pandora.
No entanto, analistas questionaram se a Beats, avaliada em apenas US$ 1 bilhão em setembro, durante rodada de financiamento, agora valeria o triplo. A empresa tem forte participação no mercado de fones de ouvido, dona de 64% das vendas desses produto. Em 2013, a Beats lançou serviço de streaming musical, disputando espaço com a Spotfy e Pandora. Cobrando US$ 9,99 por mês, oferece acesso ilimitado ao acervo Beats, e combina seleções feitas por curadores humanos e tecnologia que usa algoritmos para escolher música com base em gostos e estados de humor. A empresa tem parceria coma a AT&T e anunciou o serviço no final da transmissão do SuperBowl, uma das maiores audiências da tv americana. No ano passado tinha 29 milhões de clientes.
A Apple não tem costume de fazer aquisições caras. A empresa prefere projetar e desenvolver seus produtos internamente , embora pague centenas de milhões de dólares por pequenas mas importantes peças de tecnologia que impulsionem seus negócios. Um exemplo dessa estratégia foi a aquisição da PA Semi que levou ao processador encontrado nos iPhones.
A Apple está sob pressão para revitalizar seu crescimento à medida que as vendas de iPhone desaceleraram.