A Apple informou nesta quinta-feira (30) que registrou lucro anual recorde impulsionado pelo forte desempenho da mais recente linha de iPhones 17. A empresa também divulgou uma projeção otimista para o período de vendas de fim de ano.
O lucro líquido foi de US$ 112 bilhões no ano fiscal encerrado em setembro, um aumento de 20% em relação ao ano anterior.
O diretor financeiro, Kevan Parekh, afirmou que a empresa espera registrar o melhor trimestre de sua história entre outubro e dezembro, prevendo um crescimento total da receita de 10% a 12% em relação ao mesmo período do ano anterior e avanço de dois dígitos nas vendas de iPhones.
A projeção supera as estimativas de Wall Street, que previam aumento de 6% na receita. Segundo Parekh, o resultado reflete “um ótimo início” de vendas do iPhone 17 após seu lançamento em setembro.
A previsão indica que uma nova onda de consumidores pode estar trocando seus aparelhos. O iPhone responde por cerca de metade da receita da Apple, tornando o ciclo de atualização do dispositivo um fator determinante para os resultados da empresa.
A receita do trimestre encerrado em setembro foi de US$ 102,5 bilhões, alta de 8% na comparação anual e acima das expectativas de Wall Street, que apontavam para US$ 101,6 bilhões, segundo dados da Visible Alpha. As ações da companhia subiram cerca de 4% nas negociações após o fechamento do mercado.
As vendas de iPhones cresceram 6% no trimestre em relação ao ano anterior, enquanto a receita na China caiu 3,5%. O lucro líquido trimestral foi de US$ 27,5 bilhões, acima das projeções, com lucro por ação de US$ 1,85.
A receita anual da divisão de serviços da Apple ultrapassou pela primeira vez a marca de US$ 100 bilhões. O setor de alta margem, que inclui a App Store, o iCloud e o Apple Pay, manteve forte crescimento apesar da pressão regulatória global sobre o controle rígido que a empresa exerce sobre seu ecossistema.
O valor de mercado da Apple atingiu US$ 4 trilhões no início da semana. As ações acumulam alta superior a 30% desde agosto, recuperando-se da queda registrada em abril, quando o presidente Donald Trump iniciou uma guerra comercial global que ameaçou a extensa cadeia de suprimentos da empresa.
A Apple foi beneficiada pelo lançamento mais forte do que o esperado da linha iPhone 17 em setembro. Dados preliminares da consultoria Counterpoint Research mostraram que as vendas dos novos modelos superaram em 14% as do iPhone 16 no mesmo período nos Estados Unidos e na China.
Os resultados robustos desta quinta devem ajudar a dissipar o receio de alguns analistas de que o aumento nas vendas de dispositivos no início do ano tenha sido apenas um impulso temporário causado por consumidores que anteciparam compras antes da imposição de tarifas entre EUA e China.
Mais cedo, o governo americano anunciou que reduziria de 20% para 10% a tarifa “antifentanil” sobre importações chinesas, medida que havia afetado a Apple, como parte de uma trégua comercial mais ampla.
Apesar dos bons resultados, a Apple vem enfrentando dificuldades para acompanhar rivais do setor na corrida pela oferta de produtos avançados de inteligência artificial. Atualizações planejadas para o assistente de voz Siri foram adiadas, e falhas técnicas forçaram a empresa a suspender o lançamento de um recurso de resumo de notícias.
