Parece pouco, mas não é: o Brasil entrou no ranking das 50 economias mais competitivas do mundo. O País passou da 53ª posição obtida em 2011 para 48ª neste ano em um total de 144 países avaliados. O Relatório Global de Competitividade, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial, é feito a partir de dados econômicos oferecidos pelos governos e por organismos internacionais e também por pesquisas de opinião com executivos e empresários.
Entre os 12 fatores analisados para medir competitividade, o Brasil melhorou muito no que mede as condições macroeconômicas do País. Nesse item, o Brasil passou do 115º lugar para o 62º no ranking. Ajudou muito nesse salto uma mudança metodológica: foi retirado a variável spread bancário (a diferença entre o que banco cobra quando empresta dinheiro e o que paga quando recebe recursos) que sempre pesou muito na colocação brasileira. No “Ambiente Macroeconômico” o País melhorou também pelas desonerações de setores da economia e pelas reduções da taxa básica de juros.
No item “eficiência do mercado de trabalho” o Brasil também avançou, saltando 14 posições desde o ano passado, especialmente pelos menores custos de demissão e contratação. O tempo necessário para abrir uma empresa também melhorou.
A área em que o Brasil recuou, e que causa bastante preocupação, é a de inovação, com a perda de cinco posições: caiu de 44ª para 49º, entre o ano passado e este. Motivo: esse quesito mede a disponibilidade de engenheiros e cientistas no País. Nesse ponto a queda foi feia: perda de 22 posições. Vale notar que em 2011 o Brasil já tinha perdido outras 23 posições neste mesmo item.
O problema não afeta apenas a formação de engenheiros e cientistas: no item educação superior, o Brasil perdeu nove posições desde o ano passado. Na variável “educação e modo geral” a situação permaneceu muito ruim: somos o 116º em 144 países.
O volume de impostos também atrapalhou muito o desempenho geral do Brasil: parece mentira, mas neste quesito, que mede volume eficiência dos tributos, somos o último colocado entre os 144 países do mundo.
As melhorias, no entanto, foram importantes. Além de ocupar uma posição no top 50 do ranking, o Brasil ficou a frente de três dos BRICS: Índia, que perdeu três lugares e ficou em 59º posição, Rússia que desceu um degrau e em ficou em 66ª e África do Sul que perdeu duas e ocupou a 52ª posição. A China, apesar de ter caído três posições ficou em 29º lugar. A Suíça e Cingapura são os dois primeiros, com a Alemanha em sexto lugar e os EUA como sétimo do ranking.