Apesar da indústria, participação de São Paulo no PIB ficou menor

São Paulo ainda é a parte mais forte da economia brasileira; mas, está um pouco menos forte. Os dados do IBGE mostraram que São Paulo perdeu participação no PIB em 2010, um ano em que o país cresceu muito, 7,5%. O peso do estado paulista na geração de riqueza recuou de 33,5% em 2009, para 33,1% em 2010.
É fato que o Brasil passou por forte desconcentração industrial. Os incentivos recebidos de alguns estados levaram algumas industrias a se instalarem em outras regiões. Em alguns segmentos industriais São Paulo continua imbatível, indústria pesada por exemplo. Porém, outros estados começam a se destacar, como Goiás, que já é dono de 10% do valor adicionado ao PIB pela indústria automobilística. Bahia e Paraná para citar dois outros exemplos, também caracterizam a desconcentração de montadoras pelo País.
O PIB do estado de São Paulo alcançou R$ 1,25 trilhão em 2010, em valores nominais. Tecnicamente a queda na participação da economia paulista no PIB ocorreu pela evolução dos preços: na economia brasileira nesse ano os preços subiram 8,2%; mas, cresceram só 6,6% em São Paulo. O que explica essa subida foi a forte valorização dos preços das commodities nesse período. A economia paulista está baseada em produtos industriais, que perderam preço nesse ano.
O Estado de São Paulo concentra 42% da indústria de transformação do País. Toda alteração de preço ou de produção na indústria tem alto impacto na economia paulista. Outros Estados também enfrentaram problemas em 2010, como o Rio de Janeiro que reduziu sua participação no PIB de 10,9 % para 10,8%. Neste caso, as oscilações do preço do petróleo explicam a mudança. A situação do Rio só não foi pior pela grande concentração de administração pública na região. Esse tipo de serviço não perde preço e cresce junto com o aumento populacional.
A economia brasileira ainda é muito concentrada. Oito estados da Federação ainda concentram 77,8% do PIB: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia, Pernambuco e Santa Catarina . No ano de 2010, no entanto, o maior crescimento regional foi a da Região Norte o que provocou o aumento da participação do PIB de 5% para 5,3% naquele ano. O Pará, por exemplo, foi beneficiado pelo aumento do preço do minério de ferro, comprado pela China. A região Nordeste subiu a participação no PIB ajudada pelas políticas sociais e de transferência de renda.

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