Agora, milícia radical islâmica ameaça a Turquia

A escalada foi  para valer. O Estado Islâmico começou a dominar parte da cidade síria de Kobani, perto da fronteira com a Turquia, onde há três semanas enfrentam a resistência de rebeldes sírios e combatentes curdos.

Nos últimos dias, os milicianos radicais retomaram o controle diante da perda de força dos combatentes locais e a diminuição de ataques da coalizão liderada pelos EUA, como mostrou matéria da Folha de 07/10, pg A13.

Os bairros do leste e do sul da cidade já foram dominados pelos extremistas, que hastearam bandeiras negras da facção como sinal de controle do território.

Os militantes do Estado Islâmico cercaram todas as saídas da cidade e usam artilharia pesada contra as forças curdas, que começam a enfraquecer.

O único acesso que ainda é controlado pelos curdos é a fronteira, onde as autoridades turcas impedem a passagem de refugiados e combatentes para o outro lado.

Os curdos atribuíram o crescimento da facção em Kobani à falta de ataques dos EUA às posições do Estado Islâmico na cidade.

Nos últimos dias, as operações americanas têm se concentrado em Raqqa, bastião da milícia, e Deir Ezzor. De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos, pelo menos 20 extremistas e curdos morreram em combates na segunda.

A região é considerada estratégica para o Estado Islâmico porque permitiria um acesso livre da fronteira a Raqqa, aumentando a preocupação dos turcos.

Diante do cenário, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que a aliança militar do Ocidente dará todo apoio ao país em caso de que os ataques do Estado Islâmico atinjam a Turquia.

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