Agora, maior ameaça na Amazônia é o desmatamento “puxadinho”.

Em 2011, a Amazônia sofreu a menor taxa histórica de desmatamento. A conquista pode não durar muito. O que deve ser combatido agora é o desmatamento menor, o que ocorre nas pequenas propriedades e até nos assentamentos da reforma agrária.
Os técnicos do Ministério do Meio Ambiente insistem que é preciso conter agora o chamado “desmatamento puxadinho”, o que acontece em propriedades inferiores a 25 hectares. Hoje, mais de 60% do desmatamento na Amazônia ocorre nessas propriedades menores.
Até agora o foco maior de controle eram os grandes desmatamentos, os que ocorriam de uma única vez, em grandes extensões e acabavam detectados com facilidade pelo DETER, o sistema de acompanhamento por satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, que pega, em tempo real, as grandes derrubadas.
Essa fiscalização por satélite, mais as multas efetivamente cobradas, o confisco de gado e madeira, a moratória da soja e a criação de unidades de conservação melhoraram muito o avanço na destruição da floresta.
Em termos numéricos, a taxa de derrubada em 2011 foi 6.418 quilômetros quadrados. A meta estabelecida e assinada pelo governo brasileiro, na Conferência do Clima em Copenhagen, é de conter o desmatamento em 3.925 quilômetros quadrados até 2020.
Ao lado do combate ao desmatamento os técnicos do Ministério do Meio Ambiente insistem que é obrigatório fomentar atividades sustentáveis para que a região se desenvolva mantendo a floresta.
Essa é maior dificuldade. Sem atividades sustentáveis, em algum momento, a floresta será derrubada. Este é o maior risco.

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