A web chegou ao cinema, inclusive no Brasil. E envolveu a TV…

Bem diferente do que acontece na maioria das produções para o cinema e para a tv, em que conteúdo extras vão parar na internet um filme  produzido no Brasil, Latitudes, será lançado direto no YouTube. O filme terá 8 episódios, que entram no ar toda quarta-feira, às 11hs, só no YouTube. A cada semana um novo capítulo de 12 minutos vai ao ar, de graça. Na segunda-feira seguinte, às 22 hs, o canal pago TNT exibe em horário nobre uma versão estendida de 22 minutos. Ao final, a íntegra do filme vai, enfim, para os cinemas.

O projeto transmídias envolveu o diretor do filme, Felipe Braga, e os atores, todos ávidos consumidores de conteúdo musical pela internet.  A proposta é acompanhar o mesmo fluxo de difusão da música, só que com material de ficção.

Para que o projeto fosse viável, como mostrou o Estadão de 19/08, pg A 15, foram fechadas parcerias com redes de hotéis e com marcas, incluindo o Google. O diretor insiste que a produção só foi viabilizada porque o “mercado estava sedento de novos formatos”, ainda que não seja possível medir os resultados imediatamente.

Para o Google o projeto se aproxima da estratégia de transformar o YouTube em referência de conteúdo original na internet. A Diretoria de Marketing do Google declarou esperar que o projeto em torno de Latitudes ”seja o primeiro de muitos projetos deste tipo na indústria”.

Para o TNT, o formato atende o perfil da emissora, focado em cinema. Ao mesmo tempo, é uma forma de criar conteúdo nacional e cumprir as exigências da lei que determina três horas e 30 minutos desse conteúdo semanalmente.

A Netflix é outra interessada em produção de conteúdo original e de qualidade para a internet. Há duas semanas estreou o primeiro programa brasileiro feito exclusivamente para a plataforma, a série A Toca, também com parceria com o YouTube.

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