A Universidade Estadual de Campinas, Unicamp aumentou o peso dos pontos do bônus de inclusão social, voltado para alunos de escola pública e os autodeclarados negros, pardos ou índios. A coordenação dos vestibulares da Unicamp foi bem clara: “acreditamos que com a nova bonificação, passaremos dos 40% de ingressantes vindos de escolas públicas, chegando próximo da meta definida pelo Estado que é de 50% do total das vagas”.
Na prática o sistema de bônus funciona assim: com a ampliação do Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social (Paais) os candidatos à Unicamp que tiverem estudado na rede pública receberão 60 pontos no vestibular (antes eram 30) na segunda fase do processo seletivo. Se estes candidatos também se declararem negros, pardos ou índios, receberão outros 20 pontos, antes eram 10, totalizando 80 pontos extras em relação aos demais candidatos.
Para o vestibular de 2014, como mostrou matéria do Estadão de hoje, pg A 15, a Unicamp oferece 3,4 mil vagas. A Pró-reitoria de Graduação da universidade comunicou que pretende “por meio de outras ações em estudo, alcançar meta mais ambiciosa” e atingir metade das vagas de graduação com alunos da rede oficial de ensino já em 2017, um ano antes da meta fixada pelo governo de São Paulo.
As duas outras universidades estaduais paulistas têm metas mais lentas. A Unesp passou de 2016 para 2018 o prazo oficial par atender o objetivo final de ter 50% de seus ingressantes oriundos da escola pública. A USP tomou caminho um pouco diferente: também ampliou a bonificação para alunos das escolas públicas, criando um bônus extra de 5% para cotas sociais. Porém, quem aceita participar do programa Avaliação Seriada (em que as notas do aluno da rede oficial de ensino são acompanhadas nos três anos do ensino médio) ganha um bônus extra de 20%.