A ficção já virou fato: comandos por gestos, sem toque na tela, já chegaram até ao fogão

O prazo está marcado: em três anos será possível comandar muitos aparelhos por gestos. Enquanto pessoas ainda se acostumam com telas sensíveis ao toque (que já saíram do celular e estão na geladeira, no carro e até no fogão) empresas de tecnologia levam a interação humana com telas ao que só era visto em Minority Report. Ou seja, em pouco tempo, qualquer um pode ser o policial interpretado por Tom Cruise, que comandava computadores com movimentos de mão, sem qualquer toque em nada.
A mesma experiência do Tom Cruise já está na mão dos consumidores. A questão ainda é só o preço. Mas vai baixar e bem rápido. A crença das empresas é que o consumidor quer este serviço e pagará por recursos que o aproximem sem toque das máquinas. A Microsoft desenvolveu um sensor para videogame que serve também para cirurgias e fisioterapia. A Intel e a Samsung já oferecem a tecnologia nos seus aparelhos mais sofisticados.
O custo da tecnologia foi a principal discussão na Display Week, feira realizada em Vancouver, no Canadá, na semana passada. Como mostrou matéria do Estadão, edição de 26 de maio, pg B 16, a tendência é integrar as telas sensores que captem mais que o toque. Telas deste tipo já medem temperaturas e fazem diagnósticos, detectam intensidade de luz , entre várias outras funções. As interfaces estão cada vez mais completas.
O consumo da informação na nova era pede mais praticidade. A interação com sensores acoplados facilita a vida,. Basta pensar em computadores que dispensam senha para acesso a sites, tecnologia cada vez mais disponível.
Só um cuidado: interação por aparelhos por meio de gestos deixa rastros da vida pessoal do usuário, tanto quanto o clique ou o toque na tela. Os técnicos do Laboratório de Experiência Móvel do Massachusetts Institute od Technology (MIT) alertam para ter sempre o controle da própria informação. TVs conectadas à internet funcionam como um smartphone a distribuir informação e como qualquer plataforma, insistem os técnicos, “suas informações são entregues a terceiros” sem que o usuário tenha a exata consciência do que é feito com elas.

Comentários estão desabilitados para essa publicação