A crise do euro chegou às exportações brasileiras. E bem pesado…

O mercado europeu é , reconhecidamente, o maior mercado mundial: são 600 milhões de consumidores. O dobro dos EUA, por exemplo. Dados divulgados pelos organismos comerciais da União Europeia mostraram que até outubro as exportações brasileiras para o mercado europeu – que inclui os 27 países do bloco – sofreram um recuo de 7,5% na comparação com o mesmo período do ano passado.
A queda nessas exportações é muito significativa porque a Europa é uma compradora de produtos com valor agregado, ou seja, produtos que geram emprego de maior qualidade no Brasil. Com essa queda a soma das exportações brasileira para o continente europeu alcançou US$ 40,9 bilhões. É um retrato da recessão no contexto europeu. Nos últimos dez anos as vendas para a Europa representaram, em média, 20% das exportações anuais do Brasil.
O mais grave é a perda de mercados muito promissores, por exemplo, o da Alemanha. Nesse período, até outubro, as vendas brasileiras para o mercado alemão caíram 20,5% , na comparação com 2011. Coma França, o segundo motor da economia européia, o Brasil vendeu, na mesma comparação 10,7% a menos. A matéria do Estadão de hoje, página B7 que analisa estes números revela que o déficit das exportações brasileiras com a França é o pior em 23 anos.
As exportações para Portugal caíram 21,8%. O mercado espanhol reduziu em 54% as compras de produtos manufaturados do Brasil. Para a Itália as exportações brasileiras recuaram 14%, sempre, na mesma comparação com o que foi vendido em 2011.
O que provoca mais preocupação pé que a importação brasileira de produtos europeus não caiu. Ao contrário cresceu 4,5% na comparação com o ano passado, sempre até o mês de outubro. Em outras palavras: continuamos comprando dos europeus. Eles é que pararam de comprar produtos brasileiros.

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