Tablet com componente nacional sai mais caro. Por quê?

O preço dos tablets deve diminuir no Brasil. O motivo é simples: o governo decidiu flexibilizar a porcentagem de “conteúdo nacional” na fabricação dos aparelhos. Isto quer dizer: os fabricantes de tablets não precisam colocar mais 30% de componentes efetivamente fabricados no Brasil. A partir da proposta bastam 20%. Como peças feitas no exterior são mais baratas, provavelmente, o preço final do equipamento deve cair.

A obrigação de ter conteúdo nacional é a contrapartida  para que esses fabricantes pagassem menos impostos. Essa redução funcionava como um incentivo para que se fabricasse aqui cada vez mais componentes. A mesma proposta beneficia, além dos tablets, computadores portáteis, notebooks, ultrabooks e netbooks.

Os técnicos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Mcti) perceberam que os impostos cobrados de alguns desses componentes eram muito altos, principalmente quando comparados à oferta dessas peças por fabricantes nacionais. Em outras palavras: com imposto mais alto ficava muito caro importar estas peças e aqui não havia quantidade suficiente  para atender tudo o que as indústria de tablets precisavam.

A oferta de menos imposto para quem fabricasse peças aqui era uma espécie de atração para que indústria de tecnologia da informação se instalasse no Brasil. A fábrica chinesa, Foxconn, instalada em Jundiaí é exemplo da eficácia dessa oferta. Porém, não foi suficiente. Vale lembrar que a empresa chinesa abriu sete outras fábricas além da de Jundiaí. Apenas não foi suficiente.

É visível, portanto, que a procura por tablets, notebooks, ultrabooks está muito aquecida. É um bom debate entender porque foi preciso reduzir a exigência de “conteúdo nacional” nesse setor. O custo do investimento e a oferta de mão de obra capacitada devem ter  representado peso forte nessa decisão de diminuir a porcentagem de conteúdo nacionais na produção de tablets.

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