Será que ficaremos velhos, antes de ficarmos ricos?

Pesquisa da The Economist indicou que as dificuldades da economia brasileira para competir no mercado internacional não devem diminuir muito nos próximos anos. Para o período de 2012 a 2016, no ranking da Economist Intelligence Unit, o Brasil está na 37ª posição.
Antes de avançar nas críticas é bom saber que no período anterior, 2007/2011, estávamos no 39º lugar. Melhoramos, portanto. A questão está posta: melhoramos o suficiente para manter a competitividade? Ou, em outras palavras, será que os concorrentes melhoraram com mais rapidez? O responsável pelo estudo Justyne Thody foi bem claro: “o País está ficando sem tempo para fazer as mudanças, porque a idade média da população está subindo”. A declaração está no Estadão de 4 de outubro na página B5.
Mesmo em áreas em que o Brasil está fazendo movimentos para romper a inércia, como infraestrutura, o ritmo ainda não é suficiente para que o País se destaque perante outras nações. O Brasil, neste quesito, está em 52º lugar entre os 82 participantes. Os itens mais complicados para a competitividade brasileira são: custo da mão de obra e carga tributária.
A estrutura de impostos deixou o Brasil na 76ª posição, uma situação bem difícil. O problema não está apenas nas altas alíquotas, (cerca de 35% do PIB) mas, também, na dificuldade de “as empresas entenderem o sistema”.
No quesito referente à mão de obra, certos procedimentos, como a desoneração da folha de pagamento são importantes, mas terão “efeito marginal” no desempenho do País, segundo os técnicos da pesquisa. Nesse item, o Brasil estava em 66ª posição no período anterior e ficou em 59º lugar para os próximos quatro anos.
O Brasil avançou melhor, curiosamente, nos quesitos educação e inclusão digital. Os pesquisadores da The Economist fizeram referência especial a melhor pontuação obtida no primeiro item pelo programa de bolsas de estudos em universidades privadas para jovens de baixa renda.
Vale notar que os 3 primeiros colocados entre os 82 países pesquisados são: Cingapura, Hong Kong (especificamente) e Suíça.

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