No ensino médio estão os maiores gargalos da educação.

Os resultados do Ideb, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, mostraram curiosa realidade: há  bolsões de avanço no ensino brasileiro, mas a maior constatação é a de estagnação. Por exemplo, as 98% das crianças brasileiras entre 7 e 14 anos que efetivamente estão na escola registraram melhorias na avalição feita. Já entre os jovens que cursam o ensino médio aa notas ficaram inalteradas: em 2009 era 3,6 e em 2011 passou para 3,7.

Os resultados da educação fundamental já sinalizam que nas faixas etárias mais próximas do ensino médio os problemas ficam maiores e a desempenho do aluno cai. Por exemplo, nas 4 primeiras séries do ensino fundamental a média do Ideb passou de 4,6 em 2009 para 5 em 2011, acima até da meta estipulada pelo NIEP, o órgão do Ministério da Educação que prepara o Ideb. Porém, nas três últimas séries do ensino fundamental, o equivalente as três últimas séries do antigo ginásio, isto é o sétimo, oitavo e no nono ano de escolaridade, a média obtida recuou. Em 2009, nestas três últimas séries a média foi 4 e em 2011 passou para 4,1. É o período em que o aluno já está na pré-adolescência, mais próximo do ensino médio.

O MEC prepara proposta dirigida ao Conselho Nacional de Educação para flexibilizar o conteúdo curricular do ensino médio.  O ministério considera que o número de matérias  do ensino médio é excessivo e que o conteúdo delas está defasado. Também em várias matérias não há professores disponíveis. Várias dessas disciplinas não estão voltadas nem para os exames vestibulares, nem para o mundo do trabalho.

O maior problema do ensino médio é a evasão escolar, superior a 10%, uma das mais latas da América Latina. No ensino fundamental essa evasão é de 3,2%. Os resultados do Ideb refletem bem os motivos de tanta evasão na escola média brasileira.

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