Impressora 3D de objetos? Quanto do futuro já chegou?

A sensação é a mesma de quem viu, no começo dos anos 90, os primeiros celulares. Enormes. Pesados. Com antenas. Ver uma impressora 3D em funcionamento causa a mesma sensação. O correspondente do Estadão em Nova York, Gustavo Chacra, fez um bom resumo: “parece que estamos vendo o futuro que ainda não se concretizou”.
O que tem de muito diferente nessas máquinas é que elas podem literalmente “imprimir coisas”. Cada uma delas já custa “apenas” US$ 2 mil e estão, literalmente também, apenas exibidas em lojas especiais da Quinta Avenida ou da Grand Central Station. A função não é vendê-las. É mostrar que elas existem. E, principalmente como funcionam.
Esse é o ponto. Impressoras pessoais em 3D, por enquanto, imprimem apenas produtos de plásticos, embora as industriais também usem metal. São dezenas de metros de fios de plásticos, de diferentes cores, como se fossem tintas, das impressoras comuns de papel. O plástico é derretido a altas temperaturas. O líquido é pingado e uma imagem começa a tomar forma tridimensional.
Qualquer desenho feito no computador pode se transformar em um boneco em alguns segundos para uma criança brincar. Por enquanto o maior uso dessas máquinas está nas mãos de arquitetos ou engenheiros que constroem maquetes ou imprimem imagens em 3 dimensões de projetos de AutoCad. Nelas, é possível, por exemplo, imprimir réplicas do próprio rosto.
Segundo George Magnus, do Banco UBS, em artigo no Financial Times, as impressoras 3D permitirão a “fabricação aditiva” que deve alterar muito a forma como o mundo “produz coisas”. Fábricas poderão alterar muito rapidamente o atendimento de demandas. Sem necessidade de estoques. Os Estados Unidos terão vantagem porque as empresas pretendem ficar perto de designers dos produtos e dos consumidores.
Alguns duvidam e lembram o forno de micro-ondas que nos anos 60 parecia que iria mudar o futuro da culinária. Hoje eles são convenientes, mas não substituem o resto da cozinha.
Aos céticos, os fabricantes das impressoras lembram que elas, em breve, poderão até fabricar armas, por exemplo. E em casa. Os desdobramentos dessas possibilidades estão apenas no começo.

Comentários estão desabilitados para essa publicação