Governo incentiva a formação e capacitação de especialistas em TI.

O setor que produz software no Brasil ficou entusiasmado. O programa TI Maior pretende incentivar a indústria de software e de serviços na área de Tecnologia da Informação. A proposta prevê investimentos do governo de R$ 500 milhões no setor. Na área educacional, o programa pretende dar “formação e capacitação para 50 mil jovens até 2015”.
Alguns especialistas do setor criticaram a extensão do programa, considerada muito modesta tanto nos investimentos quanto no volume de formados. Um dos especialistas avisou que a Coréia do Sul, país com pouco menos de um terço da população brasileira, forma mais de 50 mil anualmente, apenas em nível de pós-graduação. Aliás, sobre Coréia veja o bom artigo do Estadão em “O melhor de hoje” sobre este país
Os técnicos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) insistiram que o maior desafio do Programa TI Maior será a redução da defasagem científica e tecnológica que separa o Brasil das nações mais desenvolvidas na área de TI. No País, o setor de TI já têm 73 mil empresas e faturou US$ 37 bilhões , apenas em 2011. Os dados são do MCTI.
Os empresários do setor têm visão um pouco diferente da oficial. A Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação comemoraram o lançamento do Programa TI Maior, mas avisaram que o plano deve procurar privilegiar as soluções de TI, “enobrecendo a compra governamental, no sentido de ser um efetivo indutor de capacidade tecnológica das empresas brasileiras e não só um programa em busca do melhor preço”.
Em outras palavras, os empresários querem que o Brasil desenvolva tecnologia e não apenas fabrique o conhecido por um preço menor. Esse debate é essencial no setor de TI. A China escolheu o caminho do desenvolvimento tecnológico nessa área e não mais o da cópia e queda de preço. A China, apenas, seguiu o caminho que a Alemanha e os EUA tomaram desde o ano 1990. O Brasil ainda não fez esta opção.

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