Expansão do emprego em São Paulo é menor do que em outros estados.

A economia paulista alcançou, nos últimos seis meses, a menor participação na geração de empregos dos últimos dez anos. De janeiro a junho, o estado de São Paulo representou 32,1% da expansão de vagas do Brasil. Em 2202, esse saldo alcançava 40,1%.
O peso de São Paulo na economia brasileira recuou principalmente pela crise enfrentada pela indústria. As explicações são muitas: mercado internacional mais fechado, dificuldade para exportar e até o mês de maio o dólar não ajudava. Essas justificativas não englobam problemas anteriores: mesmo no auge do crescimento de 2010, quando a economia brasileira se recuperou dos graves efeitos da crise internacional iniciada em 2008, a recuperação de São Paulo foi menor do que a dos demais Estados brasileiros. Em 2009, São Paulo representava 40,3% das vagas; no ano seguinte, com o PIB crescendo 7,55%, São Paulo foi responsável por 35,7% do crescimento do emprego.
Outros estados tiveram desempenho bem diferente na expansão do emprego. Por exemplo, o Rio de Janeiro e Goiás. Em 2002, o Rio foi responsável por apenas 3,2% da expansão de vagas. Em 2012 atingiu 8,2% de crescimento. Goiás obteve números semelhantes: em 2002, expansão de 4,1% e em 2012, 7,1%.
Uma das razões é a expansão do setor de serviços que é muito forte no Rio. Os investimentos para exploração do petróleo do pré-sal e os futuros negócios em torno da Olimpíada de 2016 também explicam a expansão de vagas no estado.
Há um fato muito presente nesses dados: incentivos fiscais promovidos em outros estrados, busca de locais com mão de obra mais barata e fortalecimento de novos centros de consumo, com os aumentos reais do salário mínimo, explicam também a descentralização do emprego no País.

Comentários estão desabilitados para essa publicação