Fernando Matijewitsch, aluno do 5° semestre do curso de Propaganda e Marketing ESPM / SP
Você já ouviu falar no Twitch, um site onde gamers podem assistir e transmitir ao vivo suas jogatinas? Aquele que tem 45 milhões de visitantes únicos por mês, que está na frente do Facebook em número de acessos durante as horas de pico de navegação da Internet e cujos usuários assistiram cerca de 12 bilhões de minutos de vídeos por mês em 2013?
Não? Mas, você ainda ouvirá!
De acordo com o Wall Street Journal, o Google está negociando a compra da Twitch por US$ 1 bilhão, o que pode fazer com que a célebre frase-título deste post, eternizada por vários e vários jogos de videogame, ganhe, em breve, um novo sentido para todos nós.
Nascido, originalmente, para fazer o streaming ao vivo de jogos para PC, o Twitch cresceu muito a partir do momento em que a Sony e a Microsoft construíram um suporte para a plataforma dentro do PlayStation 4 e do Xbox One, respectivamente. Hoje, por exemplo, 20% das transmissões do site é proveniente do console da empresa japonesa.
E por que esta startup chamou tanto a atenção do Google? Primeiramente, o YouTube, site de vídeos da companhia norte-americana, tem muito ainda a capitalizar com transmissões ao vivo. A maioria dos “live-streams” ocorrem em algum outro lugar e só depois que terminam aparecem no YouTube.
Agora, some isto ao fato de que mais da metade dos usuários do Twitch (58%) gastam mais de 20 horas por semana no site e a média geral da startup diz que cada user assiste cerca de 100 minutos de transmissão de games por dia. Imaginou quanto dinheiro o Google pode ganhar com seus anúncios intermitentes para este público?
Porém, há uma única observação a ser feita: normalmente, gamers usam como nome de usuário “gamertags”, algo não associado com a sua real identidade. E, atualmente, tudo no Google versa sobre sua real identidade. Por isso, a estratégia escolhida pela empresa para se aproximar deste público e manter o relacionamento fiel que eles têm com a plataforma é um dos pontos-chaves desta fase para não chegarmos logo em um decepcionante game over.