EUA, herói ou vilão?

Carolina da Cunha, Juliana Marques, Marina Bianchi, Pedro D’El Rodrigues, Thiago Vidal, Thayane de Paula, alunos do Curso de Jornalismo da ESPM/SP

Os Estados Unidos ostentam uma supremacia mundial desde o final da 2ª Guerra. Até hoje, seu poder bélico é superior a qualquer outro. Entretanto, no cenário da globalização atual, o mundo não mais se interessa pelas ideologias políticas. A formação dos blocos econômicos caracteriza os rumos da nova ordem mundial.

Dessa forma, é impreterível que os Estados Unidos modifiquem sua visão de mundo, que perceba o poder das armas não os manterá numa posição de influência na geopolítica atual. De fato a política interna do país é instável, pois o presidente Barack Obama faz parte do partido dos Democratas, e a Câmara dos Deputados e Senado têm maioria Republicana. Há quem diga que os EUA se encontra em uma paralisia política, devido às divergências de interesses. Isso, porém, não significa que há um declínio no poder. Pelo contrário, existe uma alternância de governos, resultando num equilíbrio nas tomadas de decisão, o que impede que ocorra uma paralisia total devido aos partidos necessitarem se auxiliar no processo político.

Quanto à política externa, o presidente Obama tem certas dificuldades de lidar com os interesses do país em relação ao Oriente Médio. Isso se deve à sua posição contraditória. Por um lado, ele passou a condenar a intervenção militar dos Estados Unidos em outras nações, e a apoiar o uso do aparato da diplomacia para solucionar eventuais problemas. Por outro, o exército norte-americano está presente em vários países, intervindo em problemas internos dos mesmos. Coincidentemente, esses países são considerados de interesse para os EUA. Em situações críticas, que envolvem direitos humanos, a intervenção militar, muitas vezes, acaba sendo utilizada.

Um exemplo que justifica esse linha de pensamento foi o elogio da região Curda que, segundo Obama, está em paz interna, mesmo tendo problemas de identidade. De forma inédita, o presidente apresenta uma pergunta que na época de George Bush nem foi pauta de discussão: os países em questão, precisam da ajuda dos EUA? O democrata acredita que é preciso que os próprios países se ajudem, antes mesmo de fazer um apelo às potências mundiais.

Paz mundial?

A respeito dos conflitos envolvendo Israel e Palestina, xiitas, sunitas e curdos, Barack Obama, começa a propagar uma nova ideologia, a de “sem vencedores, sem vencidos”. O presidente acredita que os países devem começar a pensar em um mundo como um todo, não individualmente. Para alguém ganhar, é inevitável que haja um perdedor e esse é o principal problema da ordem mundial, segundo ele.

Porém, esse novo pensamento é o oposto do que o economista americano Samuel Huntington afirma. Segundo ele, o mundo nunca vai conseguir viver em paz. Há um choque de civilizações gerado pelas origens étnicas, sociais e financeiras de cada sociedade.

Portanto, apesar dos ideais de Obama apresentarem uma boa base, existem outras questões que devem ser levadas em consideração. Além dos EUA, as outras nações também são constituídas de interesses e ideologias. O presidente americano precisa alinhar, primeiramente sua política interna para que seus ideais possam ser refletidos no cenário internacional, onde cada vez mais tenta impor a ideia de usar a diplomacia como saída para os problemas e pensar de forma menos individualista.

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