Beatriz Consolin, Larissa Kazumi e Fernanda Giachini, alunas do curso de Jornalismo da ESPM/SP
O forte nacionalismo presente nos americanos sempre foi uma marca registrada do país. Isso nunca representou um problema para eles e refletia o incrível momento dos Estados Unidos na economia mundial. No entanto, a cultura de se preocupar somente com o que acontece dentro das fronteiras do império pode estar fechando os olhos de alguns estadunidenses para ameaças à soberania americana. Porém, o governo está de olhos bem abertos e já se mobiliza para não ser ultrapassado por um novo protagonista no jogo econômico mundial: a China.
Com 1,2 bilhão de pessoas, o gigante asiático possui a segunda maior economia do mundo e está crescendo. A China vem investindo fortemente nos países da África, conquistando bons resultados financeiros e utilizando-a como um trampolim, garantindo grandes saltos econômicos.
Além disso, recentemente, o país asiático está começando uma mudança em seu modelo de exportação, realizando altos investimentos no setor de tecnologia. Isto, em um curto período de tempo, resulta em uma desaceleração do crescimento, porém, a longo prazo pode gerar aumentos ainda maiores do que os já apresentados.
Assistindo a isso, Barack Obama e os governantes da Casa Branca já entraram em alerta e estão começando a agir. Após realizarem um estudo chamado “A Competitividade e a Capacidade inovadora dos Estados Unidos”, chegaram a importantes conclusões. Nos alarmes apontados por ele, constavam problemas na educação, baixo crescimento de emprego, estagnação de salários e queda dos indicadores de inovação.
Com isso, enxergaram a importância de investir na capacidade de inovar, que havia diminuído no país. Ela é fundamental para garantir o crescimento da produção econômica de um país e sua importância na geopolítica mundial. Por essa razão, as chamadas “start-ups” ganharam tanto destaque no mercado de trabalho de todo o planeta. Os empresários querem coisas novas, que chamem a atenção do mercado consumidor, fugindo do tradicional e rendendo altos lucros.
Outra demonstração do desejo de mudança e do destaque da China foi quando Obama anunciou que queria enviar 100 mil estudantes americanos para o país asiático. A iniciativa tem como objetivo formar jovens que saibam a língua e a cultura dos chineses, entendendo o mercado consumidor do país. Isso seria interessante para as empresas estadunidenses que pretendem ampliar sua área de atuação.
Por mais que os EUA e a China sejam rivais, um depende do outro economicamente e esse tipo de ação seria positiva para ambos os países, além de garantir a paz global. No entanto, a falta de interesse dos jovens e o baixo capital, apesar dos investimentos de empresas privadas, foram dificuldades enfrentadas pelo projeto.
O desinteresse dos estudantes em ir para outros países, principalmente para a China é alto, contudo, há um pequeno aumento que deve ser levado em consideração. Empresas organizadoras de estágios chineses afirmam que a procura aumentou entre 40% e 50% de 2012 para 2013. Muitos jovens contam que o ambiente econômico chinês é dinâmico e com grandes oportunidades de crescimento.
Essa mudança de mentalidade pode ser bastante positiva para os EUA, que poderão ampliar ainda mais seu mercado de atuação e suas relações comerciais. É importante que os jovens americanos passem a pensar fora da caixa e enxerguem o que está além das fronteiras do império.