Por Clarisse Setyon
No ultimo dia 03 de fevereiro, aconteceu em New Orleans o Super Bowl XLVIII, que decidiu o campeonato da NFL de 2012. Jogaram Baltimore Ravens contra São Francisco 49ers. O Ravens saiu vitorioso. Na internet havia ingressos sendo vendidos a até US$ 11.938 (sim, isto mesmo, aproximadamente R$ 24.000,00!). O preço médio dos ingressos foi de US$ 3.000,00. A mídia conta que havia mais de 100 milhões de televisores sintonizados no jogo. Curiosamente, é o segundo dia de maior consumo de alimentos nos Estados Unidos … No intervalo, quem distraiu a plateia foi a cantora Beyoncé. Para quem assistiu ao jogo pela televisão nos Estados Unidos, talvez não saiba, mas cada inserção comercial de 30 segundos custou até US$ 4 milhões (são no total 47 minutos de comerciais durante o jogo… é só fazer as contas). No site do Super Bowl, já há a definição das datas das finais da NFL até o ano de 2022. Será no dia 06 de fevereiro, caso você goste de fazer planos de longo prazo. Pode começar a economizar desde já! No terceiro “quarter” do jogo, durante 30 minutos, apagaram-se as luzes. Houve um “black out”. Não há notícias de tumulto, feridos, ou objetos jogados no campo. O quanto disto tudo você viu nos nossos jornais? Provavelmente muito pouco, certo? Até onde nossos gestores de marketing do esporte acompanharam este evento e, com ele, puderam aprender algo ? Por que nossos jornalistas continuam acreditando que apenas o futebol “vende” o Caderno de Esportes? Quando seremos capazes de ter a data da final de um Campeonato esportivo (nacional) qualquer com tanta antecedência? Sequer conseguimos definir de as escolas terão ou não aula durante a Copa do Mundo, que é no próximo ano. Imaginem se acabar a luz em um jogo de basquete no Ibirapuera durante 30 minutos. O que faríamos? O que aconteceria quando a luz voltasse? Seremos capazes, um dia, de termos um evento esportivo da grandeza do Super Bowl no Brasil? Ah, por que sofro tanto de dor de cotovelo?