Edmir Kuazaqui
Preliminarmente, TODOS os livros deveriam constar na biblioteca e vida das pessoas, mas infelizmente não é possível a leitura de todas as obras, mesmo aquelas que não correspondam às necessidades e expectativas plenas de seus leitores, bem como a qualidade de seus conteúdos. Mesmo que você não goste ou não seja favorável a determinados conteúdos de textos, o simples fato de incomodar e gerar uma postura crítica já é um ponto positivo, pois levou a uma reflexão e opinião.
Lembro que um dos primeiros livros que li, enquanto adolescente, foi Animal Farm de George Oewell. O interesse pelos conteúdos foi tão grande que realizei a leitura de uma só vez, num final de semana, só tendo pausas para o cafezinho e banheiro. Li várias vezes o final do livro. Seguindo essa linha, outro livro que li, mas de maneira mais espaçada, foi Brave New World, de Aldous Huxley.
Como aluno do curso de graduação em Administração, conheci a ciência do Marketing por meio da leitura bem detalhada do livro “Marketing”, edição compacta de três livros do Kotler. Hoje, reflito com bom humor, como uma editora resolveu lançar um livro de marketing em três volumes, pois se trata de um contrassenso comercial, derivando depois para uma edição única e compacta. Delírios mercadológicos à parte, entendi a complexidade e importância do marketing dentro de um processo econômico e social. O tema Marketing já está bastante ampliado, com as suas devidas atualizações e segmentações, como do papa Kotler & Gary Armstrong, Churchill Jr., Lovelock, entre outros.
Como universitário, tive acesso a muitos livros de diferentes assuntos, que muito ou nada contribuíram para o meu aprendizado como estudante: alguns, devorava os conteúdos com até certo prazer e interesse; outros, restava a possibilidade de decorar determinados trechos, pois não relacionava com a minha realidade ou mesmo necessidades.
Mesclando livros de autores como Michael Porter, Peter Drucker, C. K. Prahalad com outros como Isaac Asimov, Arthur C. Clarke, Lobsang Rampa (farsa ou não?), Philip Roth, Mario Puzo, Arie de Geus, Walter Kirn, entre outros, fui moldando meu repertório com diferentes conteúdos, até iniciar o delicioso trilhar de também escrever livros.
Contextualizando e concluindo a partir do título deste artigo, em momento nenhum foi o meu objetivo em indicar referências obrigatórias para o Administrador. O título foi proposital para chamar a atenção e levar à reflexão.
Essa obrigatoriedade de literatura básica pode conduzir à um padrão de conhecimentos que nem sempre está condizente e equilibrado com as necessidades e realidade de cada um. A questão básica é a seguinte: que livros e autores realmente contribuíram para a sua formação acadêmica, profissional e social? Que conteúdos foram o que realmente marcaram, mudaram e transformaram a sua vida? Os livros citados neste artigo constam na minha biblioteca particular como Administrador. Inclusive, por curiosidade, o clássico Manual do Tio Patinhas e o Manual do Escoteiro Mirim, que guardo com carinho como recordação de leitura da minha infância.