Por Augusto Silva, Professor do Anglo Vestibulares
As redes de telecomunicação e de transportes estão cada vez mais difundidas pelo espaço geográfico mundial, facilitando as interligações entre os lugares. Esse fato, que se intensificou nos últimos anos, já era notado na década de 1960 quando o estudioso de comunicação, Marshall McLuhan (1911-1980), publicou um livro onde afirmava que o mundo era uma “aldeia global”. Desde então, essa expressão é usada para retratar a forte ligação entre os diferentes povos e culturas, amplamente integrados pelos meios de comunicação que atingem grande quantidade de pessoas (filmes, televisão, revistas, internet) que, muitas vezes, cria uma cultura de massa, substituindo valores culturais tradicionais.
Esses meios de telecomunicação fizeram com que alguns produtos fossem amplamente divulgados em escala global, assim transformados em marcas mundiais. Hoje em dia, cada vez mais pessoas compram produtos não apenas pelo seu uso, mas também pela sua imagem, surgindo assim uma estrutura produtiva com empresas e indústrias que planejam a imagem das mercadorias e as estratégias de venda.
Esse processo econômico e social caracteriza-se pela homogeneização cultural do mundo, onde pessoas, em diferentes lugares do planeta, consomem produtos semelhantes, veem os mesmos filmes ou seriados de televisão. Essa massificação cultural ocorre há algumas décadas e, nos últimos anos se intensificou com a evolução e difusão dos meios de comunicação. Portanto, não é estranho que jovens da Tunísia e do Egito utilizem serviços eletrônicos como os oferecidos por empresas como Facebook ou Twitter, da mesma forma que um cidadão estadunidense, japonês ou brasileiro.
A atual intensificação da globalização, marcada pela integração de mercados, comércio, sistemas financeiros e informações é fortemente influenciada por produtos e serviços norte-americanos. Beber Coca-cola, comer um Big-Mac, usar um celular Blackberry, mandar mensagens por um iPad são ações cada vez mais usuais no planeta. Essa hegemonia deve-se não só à grande força econômica das empresas estadunidenses, mas também aos veículos de comunicação, como o cinema hollywoodiano e as redes de televisão que divulgam o “american way of life” difundindo determinados comportamentos, formas de se vestir e hábitos alimentares.