DETERMINISMO OU ACASO, SINCRONICIDADE OU COINCIDÊNCIA?

Por Mario René

(O Globo, 19/11/2012):
“O casamento do sargento da Marinha Fábio Gefferson dos Santos Maciel, de 33 anos, durou menos de seis horas. Ele ouviu o “sim” da noiva por volta das 20h30m de domingo, no Clube Náutilus, na Ilha do Governador, diante de 200 convidados. Ao sair da festa, correu, brincando com uma das madrinhas, e tropeçou. Uma tulipa, guardada em seu bolso esquerdo, quebrou e fez um corte na veia femural. O sargento não resistiu ao ferimento, e morreu às 2h16m da madrugada desta segunda-feira, a caminho do Hospital Paulino Werneck, também na Ilha”.

Fatalidade? “Assim estava escrito”?

Como interpretar os acontecimentos relevantes de nossa vida – bons ou maus – à luz dessas duas possibilidades excludentes?

Ou não seriam tão excludentes assim?

Está claro quem crê em sincronicidade também vivencia inúmeras coincidências (nem tudo é sincronicidade), porém quem acredita em coincidências também aceita sincronicidade?

Por exemplo, o filme “Tudo pode dar certo”, dirigido e interpretado por Larry David, o criador do super seriado “Seinfeld”. Ele desempenha o papel de Bóris, um físico rabujento, que ao final do filme tenta se suicidar por ter sido abandonado pela esposa bem mais jovem. Pula da janela, mas cai sobre uma moça passeando com seu cão. Ele não apenas sobrevive, como se apaixona e se casa com ela.

UOL, 21/11/2012:
“Uma brincadeira acabou em tragédia para a família de um homem que estava passando o fim de semana no litoral de Icapuí (a 226 km de Fortaleza). Segundo a polícia, o homem morreu engasgado depois que colocou um peixe vivo na boca para mostrar que conseguia segurá-lo com os dentes. O peixe, da espécie solha (popularmente chamado de soia), que tem o couro escorregadio, pulou e entrou na traqueia do homem. O caso aconteceu perto do meio-dia do último domingo (19), quando a vítima participava de uma pescaria com os amigos”.

Acaso? Sincronicidade?

Notem que a sincronicidade pressupõe a crença em um poder maior (Deus?) que, de alguma forma, intervém em nossas vidas (Destino?). Assim, pessoas que acreditam mesmo nessa Energia Superior, costumam atribuir sentido e conotação espiritual a fenômenos meramente psíquicos ou estatisticamente explicáveis. Haveria forçosamente um sentido; uma intenção por trás de meros acasos.

Visando maior inserção no assunto, assistam a filmes como “Presságio”, “Match Point” e “O curioso caso de Benjamim Button”, no trecho que explica a série encadeada de ocorrência que determinaram o atropelamento da bailarina namorada de Benjamim Button.

Comentários estão desabilitados para essa publicação