Cidades Inteligentes

Antonio Carlos Bonassa

Nas cidades inteligentes, vários atores como, por exemplo, pessoas, carros, ônibus, taxis, semáforos, sistemas de distribuição de energia elétrica, sensores de bueiro, sinalizações de via de transportes e aplicativos de celular se conectam a um sistema inteligente de tomada de decisões utilizando a internet sem fio de seus celulares, sensores IoT, tags veiculares, rastreadores e câmeras de vídeo, por exemplo. Estas conexões geram informações para que o sistema possa tomar decisões em tempo real a fim de melhorar e proteger a vida das pessoas e do meio ambiente.

Para que estes milhões (provavelmente bilhões) de geradores de informação se conectem de forma eficiente com um sistema de gestão é imprescindível sinais de internet com alta capacidade de transporte de dados e alta velocidade de resposta. Em outras palavras, torna-se essencial a existência de redes de dados do tipo 5G.

Cidades inteligentes podem em muito melhorar a vida das pessoas. Um exemplo instalado em São Paulo são os sensores de bueiro. Tais sensores detectam quando o acúmulo de lixo chegou a níveis perigosos para àquela região considerando, por exemplo, a velocidade de acúmulo e o seu índice pluviométrico. Nesta situação ele informa o sistema central para que uma equipe faça sua limpeza. Tal integração de dados é capaz de reduzir o número de ruas que alagam em São Paulo.

Cidades inteligentes também podem ajudar no deslocamento de ambulâncias. Imagine uma ambulância transportando um paciente grave que se aproxima de um semáforo que irá fechar em 20 segundos. Nesta situação, semáforo e ambulância trocam informações de tal forma que o semáforo “descumpre” sua programação original e permanece verde por mais 1 minuto, por exemplo.

Ainda, cidades inteligentes podem melhorar a mobilidade dos usuários de transporte público. Sensores instalados nos ônibus e sensores de vias podem medir a velocidade média da viagem e a lotação de cada ônibus em linha. O pagamento das tarifas pode ser feito por aproximação, reduzindo e de acordo com a distância percorrida pelo usuário. Com esta informação o decisor pode optar por aumentar ou diminuir o número de veículos naquela linha, reduzindo a ociosidade e a geração de poluentes.

Para que Cidades Inteligentes prosperem é necessário que exista conectividade disponível a todos em todos os lugares. A cidade de Nova Iorque, por exemplo oferece a seus cidadãos Wi-Fi super-rápido grátis. Os dados precisão ser compartilhados e correlacionados para poderem ser utilizados nas decisões autônomas dos vários sistemas que se conectam e a segurança destes dados deve ser real e percebida pelos agentes. Entretanto, as preocupações com a privacidade e o medo de violações de segurança ainda são maiores que o valor percebido de compartilhar informações. Finalmente é preciso que existas sistema de monetização flexíveis para que exista agilidade nas transações efetuadas.

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