Administração: 50 anos de desafios e oportunidades

Edmir Kuazaqui

Estamos em 2015 e 50 anos atrás a profissão de Administrador era regulamentada pela criação do Conselho Federal de Administração (CFA), dando maior força às empresas, profissionais e sociedade. Em todo o momento de nossas vidas, a ciência e a arte de administrar é necessária, independente do porte das empresas, setor econômico, tipo (público ou privado) ou região do país.

Mesmo que em muitos casos ainda haja certo nível de informalismo, sente-se a necessidade da utilização de conhecimentos, ferramentas e técnicas de gestão, entre outros, para a sustentabilidade de negócios. Geralmente, as micro e pequenas empresas ou mesmo os pequenos negócios possuem determinadas carências quanto aos conhecimentos e aplicabilidades, relacionadas diretamente ao seu porte, maturidade e experiências em negócios. Entretanto, conforme o seu desenvolvimento, as empresas necessitam aplicar estratégias que possibilite com que haja o seu crescimento, em virtude do aumento de suas responsabilidades e complexidade de operações.

Percebe-se então a responsabilidade do Administrador, num primeiro momento, como o gestor que fará com que as coisas aconteçam de forma planejada. Num segundo momento, este profissional deve ser o agente de mudanças e transformações, de forma a visualizar de forma diferente o ambiente onde a empresa está inserida, bem como a utilização assertiva de seus recursos e desenvolvimento de estratégias. Criatividade, empreendedorismo e inovação são algumas das competências requeridas ao profissional de Administração, bem como outras relacionadas à sua capacidade de resiliência e assertividade.

Durante os últimos 50 anos, o país passou por uma série de situações que desafiaram as empresas e profissionais. Passamos por profundas mudanças políticas e econômicas, que influenciaram o comportamento do mercado e consequentemente das empresas. Sofremos com as flutuações do mercado internacional, com a evolução e declínio de países bem como de empresas. Todas essas situações fizeram crescer os conhecimentos e aplicabilidades em negócios.

Atualmente, têm-se um cenário voltado para a necessidade de fortalecimento das instituições públicas e privadas, de sua postura moral, ética e consequências na sociedade, bem como uma remodelagem do comportamento das pessoas. Mais grave que a crise econômica, a postura comportamental inerte ou mesmo antiética são itens que devem ser combatidos. Diante do exposto, percebe-se mais uma vez a responsabilidade e a importância do Administrador. Este, como está presente em todos os segmentos da economia, torna-se o fator preponderante para o sucesso em todos os sentidos.

A governança corporativa e por que não dizer pessoal são fatores preponderantes que levam a posturas e atitudes consistentes e equilibradas, que resultam numa percepção de uma sociedade melhor. Pensando desta forma, se antes se esperava que o Administrador tivesse uma postura reativa frente às diferentes situações, este profissional deve se antecipar e ter uma postura mais proativa frente às mudanças e transformações da sociedade, tendo uma percepção mais visionária de seu negócio. Para tanto, deve conhecer profundamente a ciência da Administração, ter a consciência de suas competências e capacidades, bem como ser onisciente e presciente frente aos possíveis cenários futuros e prováveis desdobramentos.

O profissional deve ter a capacidade de lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas. Este profissional não deve ser aquele que vai procurar as respostas mais adequadas, mas sim as perguntas mais significativas que levem com que todos sejam desafiados, sempre no sentido de seu desenvolvimento, sustentabilidade e longevidade. Com isso, esperava um desenvolvimento mais consistente e contributivo a todos. Até daqui a 50 anos!

Comentários estão desabilitados para essa publicação