Por George Bedinelli Rossi
Esta magnífica ilustração do guerreiro Mongol desperta minha admiração por esse povo, ao mesmo tempo, gera certa tristeza por que eles não souberam manter o que conquistaram. Tal qual Alexandre, o Grande, cometeram um dos maiores erros de estratégia. Não criaram um processo de escolha do sucessor, em especial, Alexandre que simplesmente largou seu Império e suas conquistas às moscas….mas deixemos de devaneios e vamos ao que interessa.
A ilustração, novamente, apresenta grande e variada riqueza de informações. O arco está bem visível, sem dúvida, mas, repare que o elemento de maior destaque é ….sim…. o leitor já notou….. o cavalo ou pônei como os mongóis gostavam de dizer. Até hoje tenho dúvida de qual era a principal arma mongol. Se o cavalo ou o arco. O pônei Mongol era de uma resistência superior aos cavalos árabes, chineses e europeus. Diferentemente dos cavalos dos outros povos citados, ele era pequeno, mas, veloz como um raio. Ótimo para mudanças táticas tanto de ataque como de defesa. Os mongóis adoravam fingir fazer uma coisa e depois fazer a outra com o objetivo de enganar seus inimigos. Aliás, a estratégia de guerra mais valorizada por eles era quando enganavam seus inimigos.
Mas, voltando à vaca fria, ou melhor, ao pônei mongol. Devido a sua rapidez e versatilidade permitiu aos Mongóis rápidos ataques com seus temíveis arcos. Imagine dois mil guerreiros galopando a toda velocidade e cada um carregando em torno de 50 flechas tendo a habilidade de atirar uma flecha por segundo ou a cada dois segundos enquanto galopam. Isto significa que em menos de dois minutos 100.000 flechas eram atiradas em seus inimigos. É bem conhecido este princípio: concentrar mais recursos que o inimigo no momento da batalha (Clausewitz), por exemplo, na 2a Guerra Mundial a Blitzkrieg alemã. O estrago estava feito. Ou seja, o princípio de guerra dos mongóis era a velocidade aliada com alta capacidade de fazer mudanças táticas no meio das batalhas.
Observe que muitas empresas têm por base sua estratégia competitiva na velocidade de desenvolvimento e lançamento de novos produtos. Lembra da indústria japonesa na década de 80? A capacidade de lançar novos produtos que essa indústria tinha? A capacidade de projetar um carro em 24 meses enquanto os americanos levavam de 4 a 5 anos? Ou a Apple que hoje lança um novo produto a cada quase seis meses? O mesmo para a Intel. Observe a Nike: Fez essa mesma estratégia e desbancou a Adidas. Para as empresas o desenvolvimento e lançamento de novos produtos de forma mais rápida que seus concorrentes implica em maior ROI, pois, faz os estoques girarem mais rápido, garantindo assim mais recursos financeiros para serem investidos antes de seus concorrentes.