A New York Times Company, empresa que edita o jornal The New York Times, anunciou que ultrapassou a marca de 4 milhões de assinantes, dos quais mais de 3 milhões exclusivamente digitais, no terceiro trimestre.
Entre os digitais, houve um acréscimo de 203 mil assinaturas no período, maior ganho desde o chamado “efeito Trump”, no quarto trimestre de 2016 e no primeiro de 2017, após a eleição presidencial. Naquele período, publicações que eram alvo de ataque do republicano tiveram um boom de assinaturas.
“Neste trimestre, as receitas de assinaturas representaram quase dois terços do total”, disse o presidente-executivo da empresa, Mark Thompson.
“Estamos investindo agressivamente em nosso jornalismo, produtos e marketing, e estamos vendo resultados concretos em nosso crescimento digital.”
A receita das assinaturas digitais cresceu 18%, para US$ 101,2 milhões. A publicidade online avançou 17%, para US$ 57,8 milhões.
Talvez mais importante para os acionistas, a companhia relatou que continua rentável. O faturamento líquido alcançou US$ 24,9 milhões, uma queda de 23% em relação ao ano passado, quando a empresa realizou um ganho único pela venda de uma represa de propriedade de uma fábrica de papel fechada em que a companhia tem um investimento em joint venture. Os lucros operacionais, a medida preferida da empresa, aumentaram 30% no período, para US$ 41,4 milhões.
Nem todos os novos assinantes buscam notícias. O “Times” relatou que do crescimento líquido de 203 mil em assinantes digitais 143 mil assinaram para ter novos produtos digitais, enquanto os demais pagam pelas seções de cozinha e palavras-cruzadas.
A receita digital durante os nove primeiros meses do ano ultrapassou US$ 450 milhões, a parte de crescimento mais rápido da empresa. O maior trimestre da companhia geralmente é o último do ano, quando os anunciantes gastam mais. Em 2015, The New York Times anunciou sua ambição de gerar US$ 800 milhões em receita digital anual até 2020.
A receita da publicidade impressa caiu 0,7% em relação ao mesmo período do ano passado. As receitas totais de publicidade aumentaram 7%.
No total, o faturamento aumentou 8%, para US$ 417 milhões. A companhia também acrescentou receitas do aluguel de quatro andares em sua sede depois de uma ampla reforma nos escritórios.