Instagram testa propagandas no feed que são ‘impossíveis de pular’

Instagram anunciou que está testando uma nova função com “propagandas inevitáveis” depois que imagens com o novo recurso passaram a ser compartilhadas pelas redes sociais. A funcionalidade apresentará um cronômetro que restringe a navegação na plataforma até que o anúncio se encerre, segundo o texto que acompanhará a função.

A atualização faria com que a experiência na rede social se assemelhasse à versão gratuita do YouTube, que obriga os usuários a assistir anúncios antes e durante os vídeos. A mudança parece fazer sentido, já que a plataforma da Meta deixou de ser exclusiva para compartilhamento de conteúdo estático para se tornar um serviço de vídeos curtos, graças a recursos como os Stories e os reels.

“Estamos testando formatos que podem gerar valor para os anunciantes”, disse um representante da empresa de Mark Zuckerberg ao site TechCrunch. “À medida que testamos e aprendemos, fornecemos atualizações caso esse testes resultem em quaisquer mudanças no produto”, acrescentou o porta-voz.

Um usuário compartilhou em seu perfil do a nova funcionalidade. O aplicativo bloqueia a possibilidade de continuar deslizando a tela para evitar o anúncio, algo que ele descreveu como “absurdo”. No Reddit, outro internauta disse que ao selecionar o ícone de informação ao lado da propaganda aparece uma mensagem, que diz “às vezes, você pode precisar visualizar um anúncio antes de continuar navegando”.

Outras pessoas relataram ter experimentado a nova funcionalidade da rede social, e a maioria das avaliações foram negativas. Alguns disseram que abandonariam a plataforma caso a função se tornasse permanente. Os usuários também questionam a motivação da decisão, sugerindo que a Meta busca ampliar o engajamento com publicidade, sacrificando a experiência do usuário.

O Instagram não deu detalhes sobre onde mais as interrupções seriam inseridas e se os testes estão sendo feitos em escala global. Imagens indicam que a função aparecerá no feed durante a reprodução de vídeos, e ainda não está claro se os criadores de conteúdo terão algum controle sobre a aparição dos anúncios.

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