O Globoplay, plataforma de “streaming” da Globo, lança nesta segunda-feira (23) uma atualização da sua identidade visual: “Estamos fazendo um ‘refresh’ [atualização] da marca. Visualmente, queremos comunicar que o Globoplay é diverso”, diz a diretora-executiva da plataforma, Júlia Rueff.
O Globoplay, que completa em novembro dez anos de operações, se expandiu e se consolidou nesse período com crescimento na receita publicitária e número de assinantes. São hoje cerca de 30 milhões de usuários.
A executiva, que está há dez meses à frente da plataforma depois de oito anos no Mercado Livre, ressalta que o Globoplay tem um amplo conteúdo, seja de produtos consagrados e exibidos pela Globo ao longo das últimas seis décadas, seja em lançamentos recentes e produções próprias. “Nos comunicamos com jovens e com públicos mais velhos. Uma amplitude de público e de sortimento, com histórias que emocionam toda a família”, diz Rueff. “Esse é o objetivo do ‘refresh’ da marca, comunicar de forma intencional quem somos e como queremos nos posicionar para o usuário.”
Em 2025, a expectativa já anunciada e reiterada por Rueff é atingir o equilíbrio financeiro (“breakeven”), com as receitas superando os custos. A executiva destaca que no ano passado a receita publicitária do Globoplay cresceu 85% na comparação com o ano anterior.
Rueff destaca que esse crescimento de 2024 é fruto de características da plataforma que aumentam a atratividade para o anunciante: “Quando [a empresa] anuncia aqui, não necessariamente precisa anunciar só no Globoplay. Tem todo o ecossistema Globo, pode fazer combinações dentro do Globoplay e pode comprar avulso”, explica.
A companhia não revela os valores dos ganhos com publicidade nem o número de assinantes do serviço, mas a empresa informa ter mais de 30 milhões de usuários. Há residências em que há mais de um login de usuário e, em maio, a base de assinantes tinha crescido 32% acima do mesmo mês do ano passado.
Rueff acrescenta que, em um ambiente atual em que diversas mídias e plataformas competem pelo usuário, o “streaming” tem um nível médio de atenção mais alto, além de garantir um conhecimento maior sobre os consumidores.
“Tem muito valor conseguir oferecer [aos anunciantes] esse nível de atenção [do usuário] que vem acompanhado, por sua vez, com dados em profundidade [sobre esse consumidor]. E isso está empacotado dentro dos nossos planos, essa capacidade de segmentação profunda”, acrescenta Rueff, lembrando que o Globoplay atingiu um engajamento médio por usuário de 2 horas e 9 minutos por dia de navegação dentro da plataforma este ano.
“É o maior engajamento do streaming no Brasil. A gente vem conseguindo avançar em todas as métricas de sucesso de um streaming. Estamos avançando no caminho da rentabilidade de forma muito consistente”, ‘, assegura.
A executiva chama ainda a atenção para as possibilidades de crescimento, uma vez que há hoje mais de 140 milhões de registros no Globo ID, que são usuários registrados na base dos produtos digitais da Globo. E para atrair esses clientes em potencial o Globoplay aposta na diversificação da programação, com foco nos gostos dos brasileiros.
Rueff explica que o Globoplay nasceu para ser a TV Globo em qualquer lugar e, aos poucos, tornou-se uma plataforma também de conteúdo original e licenciado. Ao longo do tempo, agregou canais por assinatura como Sportv e Multishow e, hoje, se propõe a ser o “marketplace” de todo o conteúdo da Globo.
Com esse objetivo, realiza pesquisas constantes com os usuários de forma a melhorar as funcionalidades da plataforma e adequá-las às necessidades dos assinantes. Rueff afirma que o serviço tem um bom NPS (sigla para Net Promoter Score, uma métrica de satisfação do cliente) e ressalta que é uma “obsessão” melhorar a experiência do usuário. “Hoje, eu dedico a maior parte do meu tempo na construção de uma experiência para o usuário cada vez melhor”, diz Rueff.
Em termos de lançamentos este ano, o Globoplay, que colhe os frutos do Oscar de Melhor Filme Internacional de “Ainda Estou Aqui”, disponibilizou este mês “Guerreiros do Sol”. “, novela de 45 capítulos com temática sobre o cangaço. Ainda serão lançados, entre outros, “Reencarne”, um “thriller” de terror; e o “reality” “Terceira Metade”.
“A gente consegue trabalhar dentro dos conteúdos do Globoplay uma complementariedade de sortimentos. Nossa missão é entreter a família toda, ter conteúdo para todas as idades, para todos os perfis”, diz Rueff. “[O Globoplay] É uma plataforma que consegue trazer com relevância caras brasileiras, a linguagem brasileira, histórias brasileiras para os usuários.”
