Gasto global com anúncios deve subir

Os gastos mundiais com publicidade deverão disparar neste ano, ao registrar um crescimento recorde de 14%, para o patamar mais elevado de todos os tempos, num momento em que a economia mundial deixa a pandemia para trás com um verão [no hemisfério norte] de esportes e de exuberância de consumo. 

Acompanhadas de perto, as estimativas da Magna, um grupo de pesquisa que faz parte da IPG Mediabrands, preveem que os gastos mundiais dos anunciantes aumentarão US$ 78 bilhões, para US$ 657 bilhões, em grande medida puxados pelo florescente mercado de anúncios digitais. 

Vincent Létang, que administra as projeções mundiais da agência de pesquisa, disse que esse é “o crescimento anual da publicidade mais forte já monitorado pela Magna”, ultrapassando de longe previsões anteriores das principais agências de vendas de mídia. 

A tendência positiva, esperada em todos os grandes mercados, é um empurrão para grupos controladores de empresas de publicidade como a WPP, a Omnicom e a IPG, além de proprietários de mídias tradicionais.

Mas a Magna prevê que a maior parte dos novos gastos será direcionada para a publicidade digital, em que o Google e o Facebook são os participantes dominantes. 

O prognóstico de crescimento de 15% do mercado americano é o mais elevado dos últimos quarenta anos, e representa um aumento de 9% em relação à estimativa anterior da Magna, principalmente puxado pela aceleração do consumo e pela volta dos grandes eventos esportivos. 

Os gastos com publicidade, primordialmente na mídia tradicional, foram duramente atingidos de início pelos “lockdowns” determinados pela pandemia. Mas uma mudança acelerada para o marketing “on-line” impulsionou plataformas mundiais como o Google, o Facebook e o Alibaba, o que limitou a retração dos gastos totais mundiais com publicidade em 2020 a apenas 2,5%. 

A publicidade digital deverá crescer 20%, representando cerca de 64% do total dos anúncios em 2021. Já os meios de publicidade tradicionais, como o impresso, revistas, outdoors e rádio, deverão voltar a crescer, mas a um percentual mais modesto, de 3%. 

A Magna estima que a volta dos anúncios de bebidas e de carros, além de um verão marcadamente esportivo, que inclui o campeonato europeu de futebol e a Olimpíada no Japão, ajudarão a TV. 

Cada um dos 70 mercados de publicidade do mundo monitorados pela Magna deverá assistir a aumentos dos gastos com marketing. O Reino Unido encabeça a lista, com uma alta 16,8%, a China com 16% e o Brasil com 15,2%. 

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2021/06/14/gasto-global-com-anuncios-deve-subir.ghtml

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