França, Alemanha e Reino Unido pediram aos Estados Unidos que suas companhias recebam isenção das sanções que Washington impôs a empresas que façam negócios com o Irã.
O pedido foi feito em uma carta assinada pelos ministros das Finanças e das Relações Exteriores dos três países, que foi publicada nesta quarta-feira (6).
“Enquanto aliados, esperamos que os Estados Unidos se abstenham de tomar medidas que prejudicariam os interesses de defesa europeus”, escreveram os ministros aos secretários de Estado, Mike Pompeo, e do Tesouro, Steve Mnuchin.
A carta, datada de 4 de junho, foi publicada nas redes sociais pelo ministro francês das Finanças, Bruno Le Maire.
“Embora os Estados Unidos tenham decidido se retirar do acordo sobre o programa nuclear iraniano, continuamos convencidos de que este acordo é a melhor maneira de impedir que o Irã tenha uma arma nuclear”, afirmaram as autoridades no documento, que também é assinado pela chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini.
“Como aliados próximos [de Washington], esperamos que os efeitos extraterritoriais das sanções secundárias não se apliquem às empresas e aos cidadãos europeus”, completaram.
O presidente americano Donald Trump, anunciou em 8 de maio a retirada de seu país do acordo nuclear firmado em 2015 entre Irã e as grandes potências internacionais.
Do lado francês, duas gigantes, a petroleira Total e o grupo automotivo PSA, do qual a Peugeot faz parte, anunciaram nesta semana que se preparam para deixar o Irã.
“O grupo começou a suspender suas atividades de joint-venture para seguir a lei dos Estados Unidos em 6 de agosto”, afirmou na segunda-feira (4) o Grupo PSA em nota.
“Com o apoio do governo francês, o Grupo PSA trabalha com autoridades americanas para considerar uma exceção.”