Em meio a uma nova batalha pela permanência do TikTok nos EUA, a China acusou o governo americano de espalhar desinformação e tentar inibir o TikTok. A declaração, feita nesta quinta-feira, 16, é uma resposta aos relatos de que o governo americano teria pedido para a ByteDance, dona do TikTok, que vendesse sua participação no aplicativo de compartilhamento de vídeos.
O governo chinês confirmou para a agência de notícias AFP que existiu uma abordagem do governo americano para que a operação correspondente aos EUA fosse controlada por companhias locais e não pela ByteDance.
Segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin, os EUA ainda não apresentaram provas de que o TikTok ameaça sua segurança nacional e vem usando a desculpa da segurança de dados para abusar de seu poder de reprimir empresas estrangeiras.
“Os EUA devem parar de espalhar desinformação sobre segurança de dados, parar de suprimir (o TikTok) e fornecer um ambiente aberto, justo e não discriminatório para empresas estrangeiras investirem e operarem nos EUA”, disse Wang.
O TikTok refutou na quarta-feira, 15, uma reportagem do jornal americano Wall Street Journal alegando que o Comitê de Investimento Estrangeiro (CFIUS), que integra o Departamento do Tesouro, vem ameaçando proibir o aplicativo no país, a menos que seu controlador, a ByteDance, com sede em Pequim, saia do negócio.
“Se proteger a segurança nacional é o objetivo, o desinvestimento não resolve o problema: a mudança de propriedade não imporia novas restrições aos fluxos de dados ou acesso”, afirmou Maureen Shanahan, porta-voz do TikTok.
Procurada, a Casa Branca não se manifestou sobre o assunto.
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