A economia dos EUA mostrou ontem sinais adicionais de estabilização, com queda no número de novos pedidos de seguro-desemprego pela terceira semana seguida e aumento nas encomendas à sua indústria pelo oitavo mês. A perspectiva de um novo massivo pacote de estímulo e de aceleração no ritmo de vacinação alimentaram otimismo com a recuperação da economia americana neste ano.
Os novos pedidos de seguro-desemprego caíram para 779 mil na semana passada, número mais baixo desde fim de novembro, apontando para uma estabilização do mercado de trabalho. Essa queda reflete o início do relaxamento das restrições à atividade econômica em Estados que finalmente começam a ver uma diminuição nos casos de covid-19, após o pico em dezembro e janeiro.
Apesar dos sinais de diminuição no ritmo de demissões, o relatório do Departamento do Trabalho mostrou que 17,8 milhões de americanos recebiam o benefício no meio de janeiro, indicando que o desemprego de longa prazo pode estar se consolidando. Isso pode impulsionar a pressão do presidente Joe Biden para que o Congresso dos EUA aprove seu plano de recuperação de US$ 1,9 trilhão.
“É muito cedo para prever que isso é o início de uma forte reversão das demissões terrivelmente altas”, disse Robert Frick, economista da Navy Federal Credit Union. “É importante uma outra rodada de estímulos.”
Diane Swonk, economista-chefe da Grant Thornton, observou que os pedidos de seguro-desemprego deverão se manter altos até que a covid-19 esteja sob controle. “Ainda temos que romper o ciclo vicioso de reabertura e reinfecção.”
Outro relatório divulgado ontem mostrou uma alta de 1,1% no mês nas encomendas à indústria em dezembro. Apesar de ter superado as expectativas, esse dado ficou abaixo da alta de 1,3% de novembro. Mesmo assim, o setor industrial americano vem sustentando uma firme retomada e as pesquisas de atividade apontam para a continuidade desse crescimento neste início de ano.
https://valor.globo.com/mundo/noticia/2021/02/05/economia-americana-ja-da-sinais-de-melhora.ghtml
