Crise energética leva a forte ajuste na indústria europeia

Alguns dos maiores consumidores de energia da Europa, de siderúrgicas a companhias químicas, estão intensificando os cortes de produção em meio a alertas de que o aumento dos preços e a fraca demanda estão prejudicando rapidamente a competitividade

Várias siderúrgicas, incluído a ArcelorMittal, a maior da Europa, anunciaram nos últimos dias planos para desativar alguns de seus altos-fornos a partir do fim deste mês. As operações alemãs da ArcelorMittal alertaram que os altos custos estão “pressionando muito” sua competitividade. Na Espanha, a Ferroglobe desativou temporariamente dois altos-fornos.

Miles Roberts, presidente-executivo da companhia de embalagens DS Smith (que faz parte do índice de ações FTSE 100), disse que as empresas precisam estar preparadas para um racionamento de energia no inverno europeu deste ano. “Nossa expectativa é de que haverá um racionamento na Europa, e é para isso que estamos nos preparando. Ele poderá não acon

A companhia, que depende do gás para até 70% de seu consumo de energia, está enfrentando os preços elevados com medidas protetivas, como a diversificação do uso de energia e a redução do consumo.

A decisão tomada pela Rússia este mês, de suspender indefinidamente o fornecimento através do importante gasoduto Nord Stream 1 aumentou os temores do setor industrial de toda a Europa sobre a possibilidade de escassez de energia no inverno que se aproxima. Ao mesmo tempo, as empresas enfrentam uma demanda menor dos clientes, eles mesmos lutando com custos operacionais maiores. O fornecimento de gás russo para a União Europeia (UE) foi reduzido em aproximadamente 80% desde o começo da invasão da Ucrânia pela Rússia.

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2022/09/12/crise-energetica-leva-a-forte-ajuste-na-industria-europeia.ghtml

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