Peru e Colômbia anunciaram ontem resultados recordes de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 – nos dois casos, apontando para forte recuperação das perdas de 2020, em razão da pandemia de covid-19.
O Peru anunciou que seu PIB cresceu 13,31%, melhor resultado desde que os dados passaram a ser compilados, em 1922. A alta compensa a retração, também recorde, de 11% em 2020 – em razão da covid-19 e das medidas restritivas adotadas para conter a pandemia. Para 2022, a Cepal prevê que a economia peruana deve crescer 3%.
Já a Colômbia registrou um crescimento de 10,6% em seu PIB em 2021, superando expectativas de economistas e do próprio governo. Também é um resultado “secular”, o melhor desde o início da série histórica, em 1906.
Em 2020, os efeitos da pandemia de covid-19 tinham levado o PIB colombiano a contrair-se 7%. A Cepal prevê para 2022 que a economia da Colômbia deverá crescer em torno de 3,5%.
O diretor do Departamento Administrativo Nacional de Estatísticas (Dane) da Colômbia, Juan Daniel Oviedo, atribuiu a forte recuperação ao desempenho da indústria, do comércio e do setor de turismo.
Em termos de comparação, a previsão de crescimento do PIB do Brasil para 2021 é de 4,5%, segundo o Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (Ipea) – um resultado bem abaixo do obtido pelos dois vizinhos. A contração em 2020 foi 3,9%. Assim, tanto Colômbia quanto Peru superaram o Brasil na retomada após a crise de 2020. A projeção do FMI de crescimento do Brasil neste ano é de somente 0,5%.
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