Um educado cão robô foi encarregado pelas autoridades de Cingapura para ajudar a conter as infecções por coronavírus na cidade-estado pedindo que corredores e ciclistas mantenham distância entre eles.
O robô de quatro patas, movimentado por controle remoto e feito pela Boston Dynamics, foi implantado pela primeira vez em um parque central nesta sexta-feira, como parte de um teste de duas semanas que pode se juntar a outros robôs que policiam os parques de Cingapura durante o confinamento em todo o país.
“Vamos manter Cingapura saudável”, disse em inglês o robô amarelo e preto chamado SPOT. “Para sua própria segurança e para os que estão ao seu redor, afaste-se pelo menos um metro. Obrigado”, acrescentou, com uma voz feminina suave.
Apesar da educação, as violações das rígidas regras de quarentena de Cingapura podem resultar em pesadas multas e até prisão.
A cidade-estado, com 5,7 milhões de habitantes, possui mais de 21 mil casos, um dos registros mais altos da Ásia, em grande parte devido a infecções em massa entre trabalhadores migrantes que vivem em dormitórios apertados em áreas pouco visitadas por turistas.
De acordo com as regras para manter a quarentena até 1º de junho, os residentes só podem deixar suas casas para tarefas essenciais, como ir ao supermercado, e devem usar uma máscara o tempo todo em público. Exercício ao ar livre é permitido, mas deve ser feito sozinho.
As autoridades responsáveis pelos testes mais recentes – as agências governamentais de tecnologia e segurança cibernética – disseram em comunicado que o SPOT pode se movimentar em terrenos mais difíceis em parques e jardins.
Além de transmitir mensagens lembrando aos visitantes as medidas de distanciamento social, o SPOT é equipado com câmeras e ferramentas de análise para estimar o número de pessoas no parque.
As autoridades disseram que as câmeras não seriam capazes de identificar indivíduos ou gravar dados pessoais.
O SPOT também foi recentemente testado para uso em um hospital temporário levando medicamentos para os pacientes.
https://br.reuters.com/article/internetNews/idBRKBN22K1WT-OBRIN