A Cielo anunciou o Cielo Pay, sistema para transações financeiras por meio de contas de pagamentos, num modelo similar ao de fintechs que vêm crescendo velozmente no país, como Nubank, Mercado Pago, Banco Original e Banco Inter.
O aplicativo gratuito, que estreia em 14 de outubro, tem como principal recurso permitir que pequenos comerciantes e prestadores de serviço recebam pagamentos sem a necessidade das chamadas maquininhas de cartões.
Além disso, o Cielo Pay também permitirá que esses clientes façam pagamentos a terceiros. Em ambos os casos, as transações serão feitas tanto por transferência entre contas como com uso de QR Code, boletos e TEDs.
Embora o público-alvo sejam microempreendedores, o sistema também permite a adesão de pessoas físicas. As transações serão feitas gratuitamente entre clientes com conta de pagamentos na própria Cielo. Para clientes de outras instituições financeiras, as transferências custarão 7,90 reais cada.
O movimento mostra como o presidente-executivo da Cielo, Paulo Caffarelli, pretende fazer a líder em meios eletrônicos do país reagir ao acirramento da competição na adquirência de cartões, que tem provocado queda das margens há uma década, resultando também no acentuado recuo do valor de mercado. Só nos últimos 12 meses, a ação da empresa caiu quase 50%.
Por volta de 15:10, os papéis da Cielo subiam 1,4% na bolsa paulista, entre as poucas altas do Ibovespa, que cedia 1,6%.
Além disso, o Cielo Pay aparece como o principal canal da companhia para operar com pequenos clientes, já que nos últimos anos deu ênfase nos grandes varejistas, segmento do qual detém mais de metade de participação no mercado.
“Agora, a relação da Cielo com o empreendedor irá para além da venda; vamos acompanhar sua jornada diária como vendedor e como consumidor”, disse Caffarelli a jornalistas.
https://br.reuters.com/article/internetNews/idBRKCN1VG1RY-OBRIN