Xi Jinping troca lideranças de força nuclear do exército chinês

A autoridade máxima do Exército da China, a Comissão Militar Central (CMC), anunciou na segunda-feira, 31, a substituição de nomes das lideranças militares do País. Wang Houbin, ex-vice-comandante da Marinha, agora é o general da Força de Mísseis da potência asiática. Da mesma forma, Xu Xisheng é o novo comissário político da divisão, informa a agência estatal Xinhua, que acrescenta que o secretário-geral do Partido Comunista (PCC), presidente do país e do CMC, Xi Jinping, assinou pessoalmente as promoções.

Essas mudanças ocorrem em um momento em que, de acordo com fontes do jornal South China Morning Post de Hong Kong, a unidade anticorrupção do CMC está investigando o ex-comandante da Força de Mísseis, Li Yuchao, que ocupava o cargo desde janeiro de 2022, assim como seus adjuntos. Ele deixa o cargo após meses sem aparecer em público e nenhum pronunciamento oficial de Pequim sobre o paradeiro.

As nomeações ocorreram em um evento realizado na sede da comissão em Pequim, um dia antes do aniversário de 96 anos do Exército Popular da Libertação (PLA), comemorado nesta terça-feira, 1º.

Na semana passada, Xi instou o PLA a intensificar seus esforços para “combater a corrupção” e “modernizar as forças armadas” durante um discurso que fez em uma base da força aérea na província de Sichuan. “Precisamos levar a disciplina estrita do Partido Comunista e os esforços anticorrupção a um nível mais profundo”, disse Xi, segundo a estatal CCTV.

Nos últimos anos, os militares chineses tentaram aumentar esta Força, que controla os mísseis estratégicos nucleares e convencionais do país, como parte de uma campanha para garantir que “todas as alas de combate possam operar juntas”. Os Estados Unidos calculam que a China terá cerca de 700 ogivas nucleares até 2027, número que aumentará para pelo menos 1.000 até 2030, algo que os porta-vozes chineses negaram, além de assegurar que o país asiático segue a política de “não ser o primeiro a usar este tipo de armas” e “manter a capacidade nuclear no nível mínimo necessário para garantir a segurança nacional”./EFE

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