O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu as boas-vindas a seu colega francês, Emmanuel Macron, na Casa Branca nesta segunda-feira, início de uma visita de Estado de três dias que deve ser pautada pelo ao azedamento das relações comerciais e pelas diferenças entre Europa e EUA quanto ao acordo nuclear do Irã.
Será a primeira visita de Estado ciceroneada por Trump desde que ele tomou posse em janeiro de 2017. A dupla levará em conta a história compartilhada dos dois países durante um jantar na noite desta segunda-feira em Mount Vernon, lar de George Washington, primeiro presidente norte-americano e comandante da Guerra de Independência dos EUA cuja aliança com a França foi crucial para a vitória sobre os britânicos.
A parte principal do trabalho da dupla deve ser abordada durante reuniões na Casa Branca na terça-feira, e Macron discursará no Congresso na quarta-feira, aniversário do dia em que o general francês Charles de Gaulle se pronunciou diante de uma sessão conjunta do Congresso em 1960.
Trump e o líder francês de 40 anos iniciaram sua amizade improvável um ano atrás na Bélgica com um aperto de mãos enfático. Enquanto outros líderes europeus vêm mantendo certa distância do republicano, Macron vem trabalhando duro para se manter próximo de Trump, e os dois conversam com frequência por telefone.
Macron está engajado em uma espécie de missão de resgate do acordo nuclear do Irã, que Trump prometeu descartar a menos que seus aliados europeus o fortaleçam até meados de maio.
O pacto firmado entre Irã, EUA e cinco outras potências mundiais estabelece limites ao programa atômico iraniano em troca da suspensão de sanções.
No domingo Macron disse ao canal Fox News que seria melhor proteger o acordo do que se ver livre dele, afirmando não haver “plano B” para substituí-lo.
“Este acordo é perfeito e é algo perfeito para nosso relacionamento com o Irã? Não. Mas na área nuclear, o que você tem? Como opção melhor? Eu não vejo nada”, disse.
Macron também quer persuadir Trump a isentar nações europeias das tarifas de importação de aço que são parte do plano do norte-americano para reduzir os déficits comerciais crônicos com países de todo o mundo, sobretudo a China.
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