O presidente dos EUA, Donald Trump, disse ontem que não tem pressa para concluir um acordo comercial com a China, no qual Washington pretende incluir exigências de reformas estruturais, incluindo a maneira como o governo chinês trata a propriedade intelectual americana.
Há a expectativa de que Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, se encontrem no resort particular do líder americano em Mar-a-Lago, na Flórida, no fim de março para finalizar um pacto que acabaria com a guerra comercial que já dura meses. Mas, como os dois lados ainda estão negociando, nenhuma data foi confirmada.
“Acho que as coisas estão indo muito bem – vamos apenas definir a data”, disse Trump a jornalistas na Casa Branca. “Não tenho pressa. Quero que o acordo seja justo… Não estou com a menor pressa. Tem que ser o acordo certo. É preciso que seja um acordo bom para nós, porque se não for, não faremos um acordo”, continuou o presidente, que reconheceu as preocupações de Pequim sobre a possibilidade de ele rejeitar um acordo se não gostar.
“Acho que o presidente Xi viu que sou uma pessoa que acredita em sair fora quando um acordo não é firmado, e você sabe que sempre há a chance de isso acontecer, e provavelmente ele não quer isso”, disse Trump que no mês passado abandonou uma reunião de cúpula com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, em Hanói (Vietnã), depois que eles não chegaram a um acordo sobre o futuro do programa nuclear norte-coreano.
Trump disse que preferiria resolver os detalhes de um eventual acordo comercial em um encontro pessoal com Xi. “Podemos fazer da maneira que for. Podemos concluir o acordo e assiná-lo ou podemos chegar perto de concluir e negociar alguns pontos finais. Eu preferiria isso”, afirmou.
O representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, disse esta semana que “questões cruciais” seguiam pendentes e que não poderia prever o resultado das negociações com a China, que os EUA esperam finalizar nas próximas semanas.