A demanda global por produtos exportados diminuiu consideravelmente. A Organização Mundial do Comércio (OMC) aponta para uma estagnação no crescimento das exportações e importações nos próximos meses.
Um barômetro da OMC sobre o comércio de mercadorias mostra tendência de queda nas exportações de produtos automotivos, componentes eletrônicos e também do frete aéreo. No primeiro semestre, o comércio internacional cresceu 1,4% em volume. Com a desaceleração, que continua, o ritmo das trocas globais vai na direção de um crescimento inferior aos 3% projetados pela OMC para este ano.
A menor demanda global já diminuiu a pressão sobre a capacidade dos navios e reduziu os custos de embarques de mercadorias. As taxas nas rotas para a China diminuíram 9% no mês passado, resultando numa queda de 40% em um ano, segundo a consultoria Capital Economics.
A China, maior nação comerciante do mundo (somando exportações e importações) voltou a ser uma fonte de preocupação com a imposição de novo de lockdown em grandes áreas de produção e exportação, como Shenzhen, Dalian e Guangzhou, para combater nova onda de covid-19.
As restrições em Chengdu poderão deprimir ainda mais as operações das fábricas dos fabricantes globais, incluindo a Apple, Foxconn Technology Group, Toyota Motor Corp. e Volkswagen AG. As informações são de que fabricantes do sudoeste da China, que dependem fortemente da energia hidrelétrica, já tiveram que reduzir a produção recentemente por causa
Na Asia, onde as exportações são um dos fatores que impulsionam as economias, a expectativa é de que uma desaceleração das vendas externas este mês deve se estender até o ano que vem. Muito vai depender do nível de recessão na Europa e da trajetória dos preços do petróleo, nota o banco UBS.
