No G-7, EUA anunciam novas sanções contra a Rússia 

Os Estados Unidos impuseram nesta sexta-feira, 19 (noite de quinta-feira, 18, no Brasil) novas sanções contra a Rússia, como parte de um esforço conjunto dos países do G-7 de ampliar a pressão contra Moscou em virtude da guerra na Ucrânia. O anúncio americano foi feito antes do início da cúpula do Grupo dos 7que conta com a presença do Brasil. O objetivo da medida, segundo a Casa Branca, é restringir significativamente o acesso da Rússia aos produtos necessários para suas capacidades de combate

Todos os Estados-membros do G-7, cujos líderes se reúnem em Hiroshima, no Japão, estão preparando novas medidas, e os Estados Unidos estão contribuindo com um pacote consistente de sanções que tornarão ainda mais difícil para a Rússia alimentar sua máquina de guerra, segundo uma fonte da Casa Branca.

As medidas específicas incluem proibição de exportações dos EUA para 70 entidades na Rússia e outros países. Além disso, mais de 300 pessoas, organizações, navios e aviões, na EuropaOriente Médio e Ásia também serão submetidas a congelamento de bens impostos pelo Departamento do Tesouro americano.

Os países ocidentais tem aplicado uma série de sanções sem precedentes contra a Rússia desde a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, na intenção de afetar economicamente o país, reduzindo as receitas geradas pelos hidrocarbonetos e desorganizando sua indústria de defesa.

A preocupação do G-7 agora é evitar que a Rússia contorne as sanções, e as últimas ações dos EUA também visam reduzir a possibilidade disso acontecer. Washington busca pressionar o setor financeiro russo e a capacidade de produção de energia russa no médio e longo prazo, disse o alto funcionário do governo. Além de manter o congelamento dos ativos soberanos russos.

O chefe do governo alemão, Olaf Scholz, disse à imprensa que a questão é evitar que as sanções sejam contornadas. Por seu lado, um responsável da UE informou que será discutido um bloqueio à exportação de diamantes russos, um comércio que totalizou US$ 5.000 milhões em 2021.

Preparação para a cúpula

Os líderes do G-7 começaram a chegar ao Japão nesta quinta-feira para uma cúpula em Hiroshima focada em discutir sanções mais rígidas contra a Rússia e avaliar medidas de proteção contra a “coerção econômica” da China.

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, recebe os governantes das outras seis economias mais avançadas do mundo (AlemanhaCanadá, Estados Unidos, FrançaItália Reino Unido) em Hiroshima, cidade símbolo da destruição nuclear.

Na cúpula desta sexta-feira, os líderes tentarão formar uma frente unida contra Rússia e China e abordar outros temas urgentes, mas sobre os quais não há consenso no grupo.

União Europeia também participa da cúpula e o Japão também convidou Índia, Brasil e Indonésia, entre outros, buscando se aproximar de países em desenvolvimento onde a China faz grandes investimentos.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou a Hiroshima na quinta-feira, tornando-se o segundo presidente dos Estados Unidos, depois de Barack Obama, a visitar a cidade devastada por uma bomba atômica lançada por Washington em 1945.

“Defendemos valores compartilhados, incluindo apoiar o povo da Ucrânia defendendo sua soberania territorial e lutando para responsabilizar a Rússia por sua agressão brutal”, disse Biden ao se encontrar com Kishida./AP e AFP

https://www.estadao.com.br/internacional/no-g-7-eua-anunciam-novas-sancoes-contra-a-russia-por-guerra-na-ucrania/

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