Mesmo sofrendo impacto econômico, UE deve manter as sanções à Rússia

Os países europeus estão sentindo as consequências de uma guerra econômica com a Rússia desencadeada pela invasão da Ucrânia. Mas os governos não deverão recuar, não vendo alternativa a não ser manter as sanções contra Moscou e o apoio a Kiev.

Dados econômicos de toda a Europa mostram uma desaceleração iminente, apesar do impulso proporcionado pela a alta temporada de turismo de verão em partes do continente. Além disso, os altos preços da energia e dos alimentos geram descontentamento e aumentam a pressão para que os governos ofereçam algum alívio. Alguns políticos da Europa ocidental e

Mas as iniciativas de Moscou para reduzir o fornecimento de gás para os países da União Europeia (UE) em retaliação às sanções do bloco, e as evidências de crimes de guerra cometidos pelos invasores russos deixaram a região sem nenhuma opção de reaproximação com a Rússia no curto prazo, segundo autoridades a analistas. 

A decisão do presidente russo Vladimir Putin de usar a energia como arma destruiu a premissa de décadas de que Moscou seria um fornecedor confiável apesar das tensões geopolíticas. Alemanha, Itália e outros grandes compradores de gás e petróleo da Rússia estão tentando substituir o produto russo por fontes alternativas. 

O premiê da Alemanha, Olaf Scholz, disse recentemente a Putin em conversas por telefone, que as sanções da UE somente serão reconsideradas no contexto de um acordo de cessar-fogo que seja aceitável para a Ucrânia, segundo disseram autoridades a par da conversa. “Ele basicamente disse a Putin que só [o presidente ucraniano Volodymyr] Zelensky, só a Ucrânia poderá suspender as sanções”, afirmou uma autoridade alemã. 

A Rússia busca conquistar mais território ucraniano, enquanto a Ucrânia quer empurrar as forças russas de volta para as posições que ocupavam em fevereiro antes do início da invasão. 

https://valor.globo.com/mundo/noticia/2022/08/09/mesmo-sofrendo-impacto-economico-ue-deve-manter-as-sancoes-a-russia.ghtml

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