A economia do Japão contraiu 7,8% no segundo trimestre em relação aos três primeiros meses do ano. Apesar dessa queda ser inferior à registrada pelos EUA e pela Alemanha, de 9,5% e 10,1%, respectivamente, as perspectivas para o Japão não são otimistas, uma vez que o país completou nove meses de recessão em junho.
Assim como nos outros países, a forte retração econômica do Japão é atribuída à crise provocada pela pandemia de covid-19. Mas a terceira maior economia do mundo já começou 2020 em contração, em grande parte por causa de um aumento no imposto nacional sobre vendas que entrou em vigor em outubro do ano passado.
O Mitsubishi UFJ Morgan Stanley Securities estima que levará mais tempo – fim de 2022 ou de 2023 – para que a economia japonesa retornar aos níveis que estava na metade de 2019.
Por outro lado, o Japão tem a perspectiva de uma rápida recuperação das exportações, uma vez que as economias da Ásia, em particular da China, estão se recuperando mais rápido do que os EUA e países da Europa.
Em junho, as exportações japonesas para a China já tinham se recuperado para os níveis do ano passado, graças à forte demanda chinesa por equipamentos de telecomunicações.
Mas a perspectiva para o consumo doméstico – principalmente os gastos dos consumidores – que responde por quase a metade da economia do Japão é incerta. O consumo privado caiu 8,2% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre.
