EUA defendem criação de estado palestino como solução do conflito em Gaza

THE NEW YORK TIMES – O presidente dos Estados UnidosJoe Biden, disse nesta quarta-feira, 16, que o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas precisa chegar ao fim com a criação de um Estado palestino “real” que coexista ao lado do Estado israelense.

Biden acrescentou que os assessores do governo negociam com os países árabes as próximas decisões políticas relacionadas ao conflito, mas não deu detalhes. “Posso dizer a vocês, não acho que acabe até que haja uma solução de dois Estados”, disse Biden em entrevista coletiva em São Francisco após a cúpula com o líder da China, Xi Jinping.

A necessidade de uma solução de dois Estados têm sido enfatizada publicamente nos últimos dias pelas autoridades americanas. Antes de Biden, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, ressaltou essa necessidade. Apesar de ter se tornado um objetivo político dos EUA, nenhum governo recente conseguiu avançar na questão.

O presidente americano afirmou ainda que não sabe quando Israel deve interromper a guerra em Gaza e que os combates terminariam quando o Hamas não pudesse mais fazer “coisas horríveis” com os israelenses. Ele acrescentou que o grupo terrorista mantêm armas e outros equipamentos sob hospitais em Gaza, em meio às críticas contra Israel por causa da operação militar no hospital Al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza.

Autoridades israelenses receberam informações da inteligência americana sobre operações do Hamas dentro do hospital e invadiram o local esta semana. Segundo Israel, o hospital fica no topo de um importante centro da rede de túneis do Hamas e o grupo terrorista armazena armas na área.

Biden disse que as forças israelenses estão permitindo que médicos e enfermeiros em Al-Shifa saiam do perigo. “Esta é uma história diferente do que acredito que estava ocorrendo antes com bombardeios indiscriminados”, declarou.

Libertação de reféns

Terroristas do Hamas e de outros grupos militantes mataram cerca de 1,2 mil pessoas em 7 de outubro no sul de Israel. O grupo também sequestrou cerca de 240 pessoas. Em resposta, Israel atacou Gaza e matou, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, 11 mil pessoas, cerca de 40% crianças.

O Hamas libertou quatro reféns desde 7 de outubro e disse recentemente a Israel, por meio de mediadores no Catar, que está disposto a libertar cerca de 50 outros, todas mulheres e crianças, se algumas condições forem atendidas. Isso inclui a libertação por Israel de um número semelhante de mulheres e crianças palestinas mantidas prisioneiras, disse uma autoridade informada sobre as negociações.

Autoridades israelenses disseram que o Hamas tem pelo menos 100 mulheres e crianças e deve libertá-las todas. Os negociadores também discutem a possibilidade de Israel pausar os ataques por três dias para permitir a libertação de reféns em grupos.

Biden disse estar “levemente esperançoso” de que alguns reféns sejam libertados, mas acrescentou que não sabe o que ocorreu durante as negociações nas últimas quatro horas. Ele acrescentou que os Estados Unidos têm trabalhado bem com o Catar, que abriga um escritório para os líderes políticos do Hamas, para tentar garantir a libertação dos reféns.

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